Foi martirizada em Catânia,
na Sicília, provavelmente na perseguição de Décio. O seu culto propagou-se
desde a Antiguidade por toda a Igreja e seu nome foi incluído no Cânon romano.
A Liturgia das Horas e a
reflexão no dia de Santa Águeda
(Ágata) :
Ofício das
Leituras
Segunda leitura
Do
Sermão na festa de Santa Águeda,
de São Metódio da Sicília, bispo
de São Metódio da Sicília, bispo
(Analecta Bollandiana, 68,
76-78) (Séc. IX)
Dom que nos foi concedido por
Deus, verdadeira fonte da bondade
A comemoração do aniversário
de Santa Águeda nos reúne a todos neste lugar, como se fôssemos um só. Bem
conheceis, meus ouvintes, o combate glorioso desta mártir, uma das mais antigas
e ao mesmo tempo tão recente que parece estar agora mesmo lutando e vencendo,
através dos divinos milagres com os quais diariamente é coroada e ornada.
A virgem Águeda nasceu do
Verbo de Deus imortal e seu único Filho, que também padeceu a morte por nós.
Com efeito, João, o teólogo, assim se exprime: A todos aqueles que o receberam,
deu-lhes a capacidade de se tornarem filhos de Deus (Jo 1,12).
É uma virgem esta mulher que
nos convidou para o sagrado banquete; é a mulher desposada com um único esposo,
Cristo, para usar as mesmas expressões do apóstolo Paulo, ao falar da união
conjugal. É uma virgem que pintava e enfeitava os olhos e os lábios com a luz
da consciência e a cor do sangue do verdadeiro e divino Cordeiro; e que, pela
meditação contínua, trazia sempre em seu íntimo a morte daquele que tanto
amava. Deste modo, a mística veste de seu testemunho fala por si mesma a todas
as gerações futuras, porque traz em si a marca indelével do sangue de Cristo e
o tesouro inesgotável da sua eloquência virginal.
Ela é uma imagem autêntica da
bondade, porque, sendo de Deus, vem da parte de seu Esposo nos tornar
participantes daqueles bens, dos quais seu nome traz o valor e o significado:
Águeda (que quer dizer “boa”) é um dom que nos foi concedido por Deus,
verdadeira fonte de bondade.
Qual a causa suprema de toda
a bondade, senão aquela que é o Sumo Bem? Por isso, quem encontrará algo mais
que mereça, como Águeda, os nossos elogios e louvores?
Águeda, cuja bondade
corresponde tão bem ao nome e à realidade! Águeda, que pelos feitos notáveis
traz consigo um nome glorioso, e no próprio nome demonstra as ilustres ações
que realizou! Águeda, que nos atrai com o nome, para que todos venham ao seu
encontro, e com o exemplo nos ensina a corrermos sem demora para o verdadeiro
bem, que é Deus somente!
Fonte :
‘In Liturgia das Horas III’,
pg. 1250, 1251
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