sábado, 21 de janeiro de 2023

Livro: “Deus é sempre novo", a espiritualidade de Bento XVI

Por Eliana Maria (Ir. Gabriela, Obl. OSB)

 
*Artigo de Eugenio Bonanata

Para chegar ao coração e a mente do leitor como uma centelha. Este é o objetivo do livro ‘Deus é sempre novo’, recém publicado pela Libreria Editrice Vaticana. ‘É a síntese do pensamento e do trabalho de uma testemunha credível que ao longo de sua vida se colocou a serviço da Igreja’, afirma o editor do livro Luca Caruso, falando da importância de alimentar a reflexão sobre a busca do rosto de Deus.

Teologia ‘de joelhos’

Um caminho que marcou a existência de Bento XVI, como confirmam seus textos no volume. Homilias, catequeses e discursos que, segundo Caruso, mostram um elemento comum : ‘A vontade e o desejo de compartilhar este precioso tesouro que ele encontrou no estudo e na oração’. Os horizontes abertos por esta síntese espiritual de Bento XVI são infinitos.  ‘Ratzinger é o mestre da fé que se dirige ao povo de Deus’, enfatiza o editor, esperando que o livro ajude a encontrar respostas para as questões da modernidade. ‘Bento XVI fazia teologia de joelhos’, escreve o Papa Francisco no prefácio, recordando precisamente esta proximidade com a dimensão contemporânea.

Um tesouro a ser redescoberto

‘Foi como entrar numa ampla clareira’, diz Caruso sobre o trabalho de pesquisa : ‘O Magistério de Bento XVI está verdadeiramente repleto de tesouros a serem redescobertos’. Fala-se das virtudes teologais, da família, da oração, da alegria. Mas também da combinação de fé e razão como uma estrutura narrativa para recontar a força e a relevância do Evangelho. ‘Nisto’, continua Caruso, ‘ecoa o que foi dito na Encíclica Fides e ratio de João Paulo II : fé e razão como as duas asas com as quais o espírito humano se eleva à contemplação da verdade’.

Arte e beleza

Um passo fundamental é representado pela beleza - que se concretiza na arte - como uma forma privilegiada de encontrar Deus. O Papa Francisco também lembra isso no prefácio, recordando implicitamente outros pontífices do século XX : desde Pio XII, que em 1953 instituiu a Missa dos artistas na Basílica de Santa Maria em Montesanto em Roma, até Paulo VI, que se encontrou várias vezes com artistas na Capela Sistina, inspirando seus sucessores a celebrar esta ocasião. ‘Com Papa Bento XVI’, aponta Caruso, ‘há um convite para seguir o caminho da beleza que nos permite aproximar-nos do eterno e assim acolher a própria beleza de Deus’.

Pequenas peças no grande mosaico da história

Indicações ao alcance de todos, assim como o chamado à santidade, que diz respeito a cada batizado e nada tem a ver com super poderes e outras coisas extraordinárias. O Papa Bento XVI, explica Caruso, reiterou isto por ocasião do Dia Mundial da Juventude em Colônia, onde os Reis Magos estão enterrados. ‘Identificou precisamente os Magos como aqueles que estão à frente de uma procissão sem limites que transcende épocas e fronteiras e avança em direção ao absoluto de Deus’. Um convite dirigido a cada um de nós : ‘Ser como pequenas peças no grande mosaico da história que’, conclui Caruso, ‘será, em última análise, a face de Deus, que é uma face de misericórdia e de esperança’.

 

Fonte : *Artigo na íntegra

https://www.vaticannews.va/pt/vaticano/news/2023-01/livro-bento-xvi-deus-e-sempre-novo-espiritualidade.html

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