Por Eliana Maria (Ir. Gabriela, Obl. OSB)
A manifestação da glória de Deus se realiza na caminhada da humanidade | Pixabay
*Artigo do Padre Geovane Saraiva,
jornalista, colunista e pároco
de Santo Afonso de Fortaleza, CE
A história do povo de Deus,
trazida para os nossos dias, considerando que, quando se erra por ignorância,
distração, ou algo parecido, não se trata de pecado, de maneira alguma! Agora,
quando o pecado bate à nossa porta, no ‘querer’, com clareza de consciência,
convencidos de que estamos errados, no uso da própria vontade humana, colocando
a nossa liberdade acima da vontade de Deus, em detrimento da irmã e do irmão,
aí, sim, se constatam lapsos, equívocos ou erros : o pecado.
Se, por um lado, ‘equivocar ou
errar é humano’, por outro lado, ultrapassar a realidade inclemente e não
indulgente, com suas vastas consequências, precisa de um único e sólido
remédio, como na afirmação de João Batista : ‘Eis o Cordeiro de Deus, que tira
o pecado do mundo’ (Jo 1, 29).
A família humana, ao habitar a
face da terra, sendo essa mesma terra cultivada e não cultivada em florestas,
cerrados, caatingas e matas atlânticas, sem esquecer dos mares, se resume a uma
só linguagem : sua indulgente sensibilidade. Sabe-se que nessa linguagem tem-se
um conjunto de ações, chegando-se ao mal e ao bem, alternando entre angústia e
segurança, sofrimento e alegria.
Na precariedade da vida, no entanto,
as pessoas procuram soluções, não só com a inteligência, mas mergulhados, com
todo o seu ser, na consciência dessa condição humana, como obra-prima da
criação; e é aí que entra a nossa fé, no contexto dessa mesma criação, em
resposta à existência da criatura humana, aqui nas palavras de Santo Agostinho :
‘Fizeste-nos para ti, Senhor, e irrequieto está nosso coração, até encontrar
sossego em ti’.
É Deus nos falando ao nosso
coração, do nosso desejo, em buscar o Infinito. É a manifestação da glória de
Deus que se realiza na caminhada da humanidade, através dos séculos,
participando e não se separando da história da existência humana e do mundo, na
esperança do final feliz : que, em Deus, tudo seja reconciliado. Amém!’
Fonte : *Artigo na íntegra
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