*Artigo
do Padre Olmes Milani,
Missionário Scalabriniano
‘... Aos poucos vou chegando à conclusão de que é essencial
mudar a atitude de comparar religiões, e adotar uma abordagem que respeite as
diferenças, ensejando a abertura de caminhos para a fraternidade e
enriquecimento.
Tratando-se do relacionamento entre Islã e Cristianismo, as duas
principais religiões monoteístas do planeta, existem muitos pontos comuns no
campo da ética e moral.
Embora não exista ainda igualdade como nas sociedades ocidentais
marcadas pela cultura cristã, constata-se uma evolução significativa quanto ao
casamento e a vida conjugal, aproximando-se consideravelmente da moral cristã.
A poligamia vai sendo abolida e o poder masculino de repudiar uma mulher deixa
de ter respaldo legal.
A família é vista como a célula básica da sociedade por ambas as
religiões. O matrimônio também é reconhecido como a única maneira de criar a
entidade jurídica.
A promoção e a defesa da vida, do começo ao fim, são defendidas
tanto por cristãos como islâmicos, sendo proibido o aborto, embora exista certa
tolerância quanto ao chamado aborto terapêutico.
A esterilização, mutilação e eutanásia são práticas não
aceitas por islâmicos e cristãos.
Enfim, se a ética islâmica se revela assim próxima à bíblica e
assume os ensinamentos do Antigo Testamento, é preciso reconhecer que, às
vezes, ela oferece aos muçulmanos a possibilidade de admitir algumas posições
do Evangelho.
Especialistas no estudo do Alcorão revelam que, de uma forma ou
de outra, ‘o verdadeiro monoteísmo
consiste no amor a Deus e no amor ao próximo’, interpretando assim o texto
do Alcorão à luz do ensinamento Bíblico e Cristológico, do ‘duplo mandamento do amor’. Amar a Deus e
ao próximo como a si mesmo.’
Fonte :
* Artigo na íntegra http://br.radiovaticana.va/news/2017/12/09/cr%C3%B4nica_%C3%A9tica_isl%C3%A2mica_e_%C3%A9tica_crist%C3%A3/1348755
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