*Cardeal Dom Orani João Tempesta, O. Cist.,
Arcebispo Metropolitano de São Sebastião do Rio de Janeiro,
RJ
‘Celebramos dentro do mês
vocacional, no dia 15 de agosto a memória de São Tarcísio. Sabemos do exemplo de vida e
seu martírio. Devido ao tipo de ocorrência na vida deste santo, também
comemoramos o dia do coroinha. Neste final de semana a nossa arquidiocese tem
um grande encontro com todos eles. Alguns se especializaram como cerimoniários
como tivemos ocasião de acolher e enviar para essa missão. Porém são inúmeros
os acólitos ou ministrantes. São muitas formas que existem para que o jovem e
adolescente participe da comunidade. Uma delas é justamente o Serviço do altar.
Agradeço a Deus o trabalho
silencioso e voluntário de tantos jovens que se dedicam a auxiliar o presidente
da celebração Eucarística a atualizar os mistérios da paixão, morte e
ressurreição de Cristo. Os
coroinhas devem se observar para que exerçam sua função com sobriedade,
piedade, discrição, zelo e amor. Devem participar de forma ativa das
celebrações, vivendo-a, e apenas a partir desta experiência e testemunho
poderão servir como se deve.
Os acólitos, ainda que não
instituídos, são todos aqueles que servem ao celebrante e os diáconos na missa;
são os acólitos que exercem as funções de turiferário, naviculário,
cruciferário, ceroferários, baculífero, mitrífero, librífero, etc. Alguns
desempenham também a função de cerimoniários para a qual foram preparados e
enviados.
Na Eucaristia Jesus se coloca
junto dos seus discípulos (como em Emaús) para esquentar os seus corações e
supõe que nós devemos nos abrir para enxergar e viver a Eucaristia que
celebramos e comungamos. O Senhor quer nos falar: nós sabemos que o Senhor quer
nos falar, que arde a sua voz em nosso coração. Por isso o coroinha deveria ser
o primeiro ouvinte da Palavra e o mais atento participante da fração do Pão,
mistério de nossa fé.Na celebração da Santa Missa é o Senhor Ressuscitado que
nos fala, que nos admoesta, que aquece nossos corações e nos motiva a não
desanimarmos diante das dificuldades, das incompreensões, porque o Senhor está
presente em nossa vida, em nossa história, na partilha que anima a nossa
missão.
Por isso elevamos a Deus o agradecimento
sincero pelo trabalho voluntário e zeloso de nossos coroinhas nesta importante
missão do altar. Em primeiro lugar, lembrar da dignidade do ministério que
estão assumindo, participando vivamente da Eucaristia, sendo sacrário na sua
vida pessoal e dando testemunho do Ressuscitado, o que supõe que sejam os
primeiros a viverem a Eucaristia, e auxiliando em sua celebração, como
primeiros colaboradores do presidente, e pelo seu decoro e exemplo animar
nossas comunidades na pureza de alma, de comportamento, de dignidade e de
sobriedade da celebração.O Cristo é sempre o centro da Eucaristia. Vamos
participar melhor da celebração da Santa Missa. Por isso os coroinhas devem ser
testemunhas de Cristo, vivenciando com Ele e como Ele nos ensinou a viver o Evangelho.
A beleza e a austeridade da liturgia sagrada nos transformam em
evangelizadores. A missão é bem celebrar para que o povo participe melhor e
mais piedosamente.
Louvo a Deus ao ver nossos
adolescentes e jovens próximos do altar e servindo com alegria. A ação
litúrgica necessita de vários colaboradores para que Deus seja dignificado pela
celebração litúrgica. Que os coroinhas tenham amor pela Sagrada Liturgia e que
a santidade seja sempre a meta a ser atingida por aqueles que estão perto do
Senhor na celebração a serviço da comunidade. Que estejam a serviço de Cristo e
da Igreja. E assim caminhem na correspondência da graça de Deus na busca da
santidade.’
Fonte :
* Artigo na íntegra
de http://www.news.va/pt/news/servir-com-alegria
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