sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Santa Rosa de Lima, Virgem

Por Eliana Maria (Ir. Gabriela, Obl. OSB)


Nasceu em Lima (Peru) no ano 1586; já durante o tempo que viveu em sua casa, dedicou-se de modo invulgar à prática das virtudes cristãs; mas quando tomou o hábito da Ordem Terceira de São Domingos, fez os maiores progressos no caminho da penitência e da contemplação mística. Morreu no dia 24 de agosto de 1617.


A Liturgia das Horas e a reflexão no dia de Santa Rosa de Lima, virgem :

Ofício das Leituras

Segunda leitura
Dos Escritos de Santa Rosa de Lima, virgem
(Ad medicum Castillo: edit. L. Getino, La Patrona de América,
Madrid 1928, pp. 54-55)     (Séc.XVII)

Conheçamos a supereminente caridade da ciência de Cristo
O Senhor Salvador levantou a voz e com incomparável majestade disse : ‘Saibam todos que depois da tribulação se seguirá a graça; reconheçam que sem o peso das aflições não se pode chegar ao cimo da graça; entendam que a medida dos carismas aumenta em proporção da intensificação dos trabalhos. Acautelem-se os homens contra o erro e o engano; é esta a única verdadeira escada do paraíso e sem a cruz não há caminho que leve ao céu’.

Ouvindo estas palavras, penetrou-me um forte ímpeto como de me colocar no meio da praça e bradar a todos, de qualquer idade, sexo e condição : ‘Ouvi, povos; ouvi, gentes. A mandado de Cristo, repetindo as palavras saídas de seus lábios, quero vos exortar : Não podemos obter a graça, se não sofrermos aflições; cumpre acumular trabalhos sobre trabalhos, para alcançar a íntima participação da natureza divina, a glória dos filhos de Deus e a perfeita felicidade da alma’.

O mesmo aguilhão me impelia a publicar a beleza da graça divina; isto me oprimia de angústia e me fazia transpirar e ansiar. Parecia-me não poder mais conter a alma na prisão do corpo, sem que, quebradas as cadeias, livre, só e com a maior agilidade fosse pelo mundo, dizendo : ‘Quem dera que os mortais conhecessem o valor da graça divina, como é bela, nobre, preciosa; quantas riquezas esconde em si, quantos tesouros, quanto júbilo e delícia! Sem dúvida, então, eles empregariam todo o empenho e cuidado para encontrar penas e aflições! Iriam todos pela terra a procurar, em vez de fortunas, os embaraços, moléstias e tormentos, a fim de possuir o inestimável tesouro da graça. É esta a compra e o lucro final da paciência. Ninguém se queixaria da cruz nem dos sofrimentos que lhe adviriam talvez, se conhecessem a balança, onde são pesados para serem distribuídos aos homens’.


Fonte :
‘In Liturgia das Horas IV’, 1220, 1221


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