Por Eliana Maria (Ir. Gabriela, Obl. OSB)
*Artigo do Padre Flavio Jose Lima da Silva
‘A Igreja é
Sacramento do Reino e assim ela é Sacramento de salvação, pois, segundo a
Constituição Dogmática Lumen Gentium, ‘A Igreja enriquecida dos
bens celestes, não pode ser considerada duas realidades, pois forma uma só
realidade complexa em que se fundem divino e humano’ (5). Aí se encontra a
missão terrena da Igreja : ser sinal do Reino de Deus. Ela está fundamentada na
atuação histórica de Jesus.
Nesse processo
histórico da humanidade, encontram-se nos sacramentos os sinais visíveis de
Cristo na Igreja, por isso, o Catecismo da Igreja Católica definiu
sete sacramentos, a saber: Batismo, Confirmação, Eucaristia, Penitência, Unção
dos Enfermos, Ordem e Matrimônio : ‘(…) estes atingem todas as etapas e todos
os momentos importantes da vida do cristão : dão, à vida de fé do cristão,
origem e crescimento, cura em missão’ (1210). Os sacramentos são, portanto,
essências para iniciação cristã. Para a vida nova e para a missão.
Ao longo do
tempo, a história vai sendo construída e a experiência de fé do povo de Deus,
também. Nesse sentido, a Igreja, como sinal no mundo, vai se consolidando e
ganha consistência no transcurso da humanidade, tornando-se presença
sacramental na história, tendo em vista que Jesus Cristo é o autor salvífico,
pois anunciou o Reino com muita maestria, a sua presença na história da
humanidade garantiu a todos a salvação.
Jesus fez a sua
missão com uma eficácia sem igual, no entanto, Ele provocou, motivou os seus
discípulos para o anuncio do Reino, que devia se perpetuar, era necessária a
continuidade dele. Nesse sentido, nos evangelhos a continuação do Reino
anunciada por Jesus é muito clara : ‘Ide pelo muito inteiro, e proclamai o
Evangelho a todas as criaturas’ (Mc 16,15); ‘Jesus aproximou-se deles e lhes
dirigiu estas palavras : ‘Toda autoridade me foi dada no Céu e sobre a Terra.
Ide, pois de todas as nações fazei discípulos, […] ensinando-as a guardar tudo
o que vos ordenei’’ (Mt 28,19a-20). Convictos dessa delegação feita por Jesus,
o Reino continua se consolidando na vida da humanidade.
No que se
refere ao prolongamento do Reino de Deus, a Igreja, como Sacramento desse
Reino, precisa transmiti-lo, isso porque ela, em sua essência, tem esse papel
de anunciá-lo claramente, numa perspectiva concreta da vida humana, pois isso é
constitutivo de seu legado, uma vez que é feita de homens e mulheres e recebeu
a missão a de propagar o Evangelho a todos os povos e nações.
Por fim, a
Igreja deve favorecer a difusão da mensagem deixada por Jesus Cristo, pois,
sendo ela Sacramento do Reino, é justamente nesse itinerário que irá expandir o
anúncio do Reino tão proclamado por Jesus, pois Ele e é o nosso modelo
fundamental. É preciso entender que Jesus convida, ensina e depois envia os que
aderiram à sua mensagem que consiste, essencialmente, no anúncio do Reino de
Deus. Para tanto, cabe à Igreja na sua missão de fato assumir para si a
proposta de Jesus e fazer com que o Reino se propague até os confins da Terra.’
Fonte : *Artigo na íntegra
https://revistaavemaria.com.br/a-igreja-sacramento-do-reino.html

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