Por Eliana
Maria (Ir. Gabriela, Obl. OSB)
Por causa do isolamento social diante de uma pandemia, a vivência da fé, em certa medida, também se viu diante deste desafio. Não seriam mais possíveis os encontros celebrativos.
*Artigo
do Padre Carlos Henrique Alves de Resende,
Diocese de Divinópolis, MG
‘Repetindo
as palavras do Papa Francisco, no momento extraordinário de oração em tempo de
epidemia, realizado no adro da basílica de São Pedro, no último dia 27 de março
de 2020 : ‘fomos surpreendidos por uma tempestade’. No cenário de
enfrentamento à Covid-19, o isolamento social se apresentou como uma medida
necessária e urgente a fim de minimizar os contágios. Do dia para a noite,
fomos ‘jogados’ no espaço virtual.
Por
mais que, de certo modo, fizesse parte da rotina de grande número de pessoas,
tratava-se de uma experiência complementar, diferente do que temos vivido nos últimos
dias, onde o ambiente virtual tornou-se, praticamente, o único espaço de
encontro com as pessoas. A vivência da fé, em certa medida, também se viu
diante deste desafio. Não seriam mais possíveis os encontros celebrativos. E,
tragicamente, tudo isto acontece bem no período mais solene de nossa vida
litúrgica : as celebrações da semana santa, nossa páscoa anual.
O
Santo Padre nos dizia, naquele comovente momento de oração, que ‘a
tempestade desmascara a nossa vulnerabilidade e deixa a descoberto as falsas e
supérfluas seguranças com que construímos os nossos programas, os nossos
projetos, os nossos hábitos e prioridades’. E nos exortava à ‘coragem de
abraçar todas as contrariedades da hora atual, abandonando por um momento a
nossa ânsia de onipotência e possessão, para dar espaço à criatividade que só o
Espírito é capaz de suscitar’. Este desafio tem sido enfrentado desde o
primeiro momento em que nossas assembleias foram impedidas de se reunir. As
iniciativas se multiplicaram no desejo de ajudar os fiéis a sentirem a
proximidade da Igreja. Todas elas são louváveis, pelo esforço de tentar.
Contudo,
não sei se entendemos bem o convite à criatividade. Vale nos perguntarmos : o
que entendemos por ser criativos? Resisti pensar sobre o assunto, e muito mais,
escrever algo a respeito. Acreditava que, no meio da tempestade, o que
realmente interessava era a pergunta, como sair dela. Contudo, temos percebido
que o período de turbulência está se alongando e se alongará ainda mais. Diante
de algumas realidades já vistas, não resisti à tentação de pensar sobre elas. E
justifico : concordo que precisamos de ‘remédios’ que cuidem da ‘dor
espiritual de nossa gente’; mas, tenho receios porque toda medicação tem
efeitos colaterais e contraindicações : maiores ou menores.
Na
ideia de que a ‘tempestade desmascara’, uma possível leitura é o fato de
muito do que estamos vendo, no esforço de celebrar a fé, neste cenário, esteja
desmascarando uma não assimilação real e profunda das intuições iluminadoras do
Concílio Vaticano II. A primeira pauta do Concílio se debruçou sobre questões
litúrgicas. Contudo, quando da reforma dos textos litúrgicos, sobretudo, nós
sabemos que a grande impostação conciliar era eclesiológica e, por assim dizer,
pastoral. Deste modo, antes de pensar nas questões litúrgicas, gostaria de
resgatar alguns aspectos de nossa compreensão eclesial, reafirmadas na escola
conciliar.
Parto
de um fato. Já estou para celebrar 13 anos de ministério; logo nos primeiros
meses, no entusiasmo da vida paroquial, recordo-me de uma ocasião em que fui à
capela do Santíssimo em um dia de adoração comunitária. Ali, estava um grupo de
senhoras rezando. Confesso que, no olhar de um padre novo, interessado em
assuntos de liturgia, 1 Sacerdote da Diocese de Divinópolis – MG, Doutorando em
Teologia Sacramental do Pontifício Ateneu Santo Anselmo em Roma. A ‘reza’
não era a mais organizada. Ao final, tomei a iniciativa e disse às senhoras,
ali reunidas, que iria lhes oferecer um livreto para rezarem melhor.
Uma
delas, na sua simplicidade, me deu naquela hora uma das mais importantes aulas
de teologia que já tive, ao me responder : ‘Ô padre, a gente
sabe rezar!’. Não se trata de uma resposta maleducada; mas, de uma bela lição dada a
um jovem padre acerca de uma das significativas verdades evidenciadas pelo
Concílio Vaticano II : somos um povo sacerdotal. Será que não havíamos
compreendido bem a preciosa Constituição Pastoral sobre a Igreja, chamada Lumen
Gentium, onde o Concílino nos ensinava que somos um povo sacerdotal (LG 10)?
Será que nos que esquecemos de que o sacerdócio comum dos fiéis e o sacerdócio
ministerial ou hierárquico, embora se diferenciem essencialmente e não apenas
em grau, ordenam-se mutuamente um ao outro; pois um e outro participam, a seu
modo, do único sacerdócio de Cristo (LG 10)?
Pode
ser que não estejamos tendo em vista a profundidade do texto conciliar, quando
nossos bispos nos ensinaram que os fiéis, incorporados na Igreja pelo Batismo,
pela participação no sacrifício eucarístico de Cristo, fonte e centro de toda a
vida cristã, oferecem a Deus a vítima divina e a si mesmos juntamente com ela;
assim, quer pela oblação, quer pela sagrada comunhão, não indiscriminadamente,
mas cada um a seu modo, todos tomam parte na ação litúrgica (LG 11). Diante de
algumas iniciativas se impõem algumas perguntas : será que não estamos nos
esquecendo que os fiéis são a Igreja? O que entendemos por celebrar? O que
entendemos por Eucaristia? Um rito a ser executado? Uma cerimônia a ser vista?
Um alimento a ser digerido? Uma experiência mágica? Ou uma experiência ritual
que se confunde com uma realidade existencial? Talvez a resposta não seja por
exclusão; e, esse, acredito, seja um dos nossos equívocos.
Ao
mesmo tempo em que a Sagrada Eucaristia é um mistério a ser celebrado é,
também, um mistério a ser imitado. Ao mesmo tempo em que é um alimento divino;
é, ainda, um ideal de vida que se impõe : a configuração a Cristo. Ao mesmo
tempo em que é um rito a ser vivido; é, por conseguinte, uma vida a ser
testemunhada : a vida cristã. Digo isso acreditando que considerar um aspecto
em detrimento de outros, sempre pode ser uma experiência desastrosa, sobretudo,
neste tempo. Daí a preocupação com efeitos colaterais daquilo que temos
oferecido ao nosso povo.
Acredito
que precisamos pensar algumas coisas : se motivamos nosso povo a simplesmente
ver, pelos meios de comunicação, os atos litúrgicos, será que amanhã teremos
argumentos para motivá-los à vivência comunitária novamente? Talvez neste mundo
tão individualista, descubram a comodidade de ver de casa e julguem ter o mesmo
efeito. E sabemos que não tem. Será que motivar nossa gente a serem meros
espectadores seria o remédio mais eficaz neste momento? Pode ser que se sintam ‘detentores
do controle remoto’ e reivindiquem o poder escolher o que ver, sem nenhum
compromisso de conversão, sem nenhum vínculo de comunidade.
Se
a Eucaristia gera a Igreja, acredito que teremos uma série de problemas, com
algumas das nossas ofertas de hoje que podem não contribuir para a edificação
do Corpo de Cristo. Serão as práticas de devoção à Santíssima Eucaristia, como
carreatas ou até os voos com o Santíssimo as melhores propostas? Serão
propostas de oferecer aos fiéis a possibilidade da Sagrada Comunhão
Eucarística, fora da missa ou ao menos de uma pequena celebração da Palavra de
Deus, uma alternativa salutar? Algumas práticas devocionais de culto aos
santos, serão realmente as mais indicadas para o momento? São questionamentos e
não críticas. São perguntas que, sinceramente, penso não têm respostas prontas
hoje. Por isso vale, antes de qualquer iniciativa, por mais bem-intencionada
que seja, a pergunta pela legitimidade teológico-litúrgica do que nos propomos
fazer.
Ao
contrário do que muitos dizem, ‘liturgia não é terra de ninguém’.
Liturgia é oração de Cristo total, cabeça e membros, é a oração da Igreja (SC
7). Vale visitar a Tradição e perceber se o que estamos propondo tem um sadio
fundamento. Devemos considerar o perigo da linguagem. Muitos colocaram nas
portas das igrejas cartazes do tipo : ‘não teremos missa’, ou até divulgaram
‘as missas estão suspensas’ e ainda vimos expressões do tipo ‘missas
privadas’, ‘missas sem a presença de fiéis’, ‘missas online’.
Parece
que no fundo ainda existem algumas compreensões pré-conciliares : ‘ter missa’,
‘assistir à missa’, ‘receber a Comunhão’ e ‘tomar a Comunhão’.
O
conceito de Eucaristia parece sempre exterior; algo ‘fora’ de nós; a que
assistimos ou, de alguma forma, obtemos e da qual nos apossamos, como se
fôssemos frequentadores de teatro ou consumidores; mas, não algo que somos chamados
a viver e a nos tornar. Será que foi isso que a Tradição genuína da Igreja nos
ensinou? Será que a partir da fundamentação bíblico-teológica do sacramento,
não estamos minimizando sua grandeza? Não podemos nos esquecer de que, quando
celebramos a Sagrada Eucaristia, acima de tudo, reunimos como um Povo, o Povo
de Deus (LG 5). É o mistério de um corpo que reúne seus membros para
alimentar-se, a fim de se tornar mais plenamente aquilo que é : um corpo. A
assembleia que se forma é um sacramento; é o primeiro sinal, não é
predeterminada ou selecionada, mas convocada pelo Espírito : esta é a primeira
matéria para celebrar. É preciso o povo convocado, esta é exatamente a primeira
rubrica do missal romano para celebrar a celebração eucarística. Este povo que
se reúne em torno dos sinais do pão e do vinho, para ouvir e meditar a Palavra
e clamar ao Espírito que nos faça ser Corpo, assim como fez com que o Pão e o
Vinho o fossem. (EE 23).
A
tradição da Igreja se firma sobre os pilares da Lex Orandi, Lex Credendi, Lex
Vivendi. O modo como rezamos determina o modo como cremos e vivemos. Por isso,
o cuidado e a preocupação que devemos ter com o modo como rezamos. A liturgia é
uma grande escola de fé. Salvatore Marsili, em sua ativa participação no
movimento litúrgico, já recordava que liturgia é teologia. Ou seja, o que
fazemos e o modo como fazemos expressam e ensinam uma verdade de fé. Muito tem
se questionado se algumas das iniciativas vistas neste tempo realmente buscam o
consolo dos fiéis. Será que não visam simplesmente à manutenção da estrutura? E
o que é curioso, em tempos que falamos da necessidade de renovar a estrutura.
Parece que não vai funcionar bem, transferir para o mundo virtual, algumas
experiências que já vimos fracassar no mundo real. Será que não estamos diante
de uma teologia eucarística rasa, fragmentada, travestida de uma preocupação de
cuidado?
Desde
o início da pandemia, o Papa Francisco tem pedido aos pastores proximidade para
com os fiéis. Em uma entrevista telefônica ao jornal La Repubblica,
publicada na quarta-feira, 18 de março, ele sublinhava a necessidade de,
durante esse período de isolamento, procurar uma nova forma de nos aproximarmos
uns dos outros numa relação concreta tecida de atenção e de paciência. Acredito
que, na Igreja no Brasil, temos uma grande luz. Logo no objetivo geral das
Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora (DGAE), nossos bispos nos convocavam ‘a
evangelizar no Brasil cada vez mais urbano, pelo anúncio da Palavra de Deus,
formando discípulos e discípulas de Jesus Cristo, em comunidades eclesiais
missionárias, à luz da evangélica opção preferencial pelos pobres, cuidando da
Casa Comum e testemunhando o Reino de Deus rumo à plenitude’. Logo, seria
uma proposta oportuna, para este momento de incertezas, o que já nos havia sido
indicado por nossos bispos : ‘A casa, enquanto espaço familiar, um dos
lugares privilegiados para o encontro e o diálogo de Jesus e seus seguidores
com diversas pessoas (Mc 1,29; 2,15; 3,20; 5,38; 7,24)’ (DGAE 73).
Talvez
seja o tempo para cultivar, na pequena comunidade – a família, com os
vizinhos –, uma verdadeira vida de oração, enraizada na Palavra de Deus,
tendo em Jesus Cristo, o orante por excelência; e; na Oração do Senhor, o
paradigma de toda oração, verdadeiros sustentos. Pela oração cotidiana, os
membros da comunidade se sentem consolados, redescobrem sua dignidade de filhos
e filhas de Deus, tomam consciência de que são colaboradores de Deus na missão
e são impelidos a saírem ao encontro das pessoas e à prática da misericórdia
(DGAE 95).
O
momento nos desafia a corajosamente ajudar nosso povo a viver o mistério da
presença real de Jesus Cristo que o Concilio Vaticano já protagonizava : ‘O
Senhor está presente na sua palavra, pois é Ele que fala ao ser lida na Igreja
a Sagrada Escritura. Está presente, enfim, quando a Igreja reza e canta, Ele
que prometeu : ‘Onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, Eu estou no
meio deles’ (Mt 18,20)’ (SC 7). Neste cenário, não seria, pois, oportuno,
valorizar e oferecer pistas para as Celebrações da Palavra em família como uma
proposta mais segura? Não poderíamos usar as mídias para orientar a leitura
orante da Palavra de Deus? O Concílio já nos advertia que a Liturgia é,
simultaneamente, a meta para a qual se encaminha a ação da Igreja e a fonte de onde
promana toda a sua força (SC 10). Mas, não esgota toda a ação da Igreja (SC 9).
Não
seria um caminho, pensar a Liturgia como o exercício da função sacerdotal de
Cristo, onde os sinais sensíveis significam e, cada um à sua maneira, realizam
a santificação dos homens (SC7)? Deste modo, não seria salutar perceber que,
embora os templos estejam fechados, a liturgia é celebrada como desdobramento
de um mistério que exige consequências na vida de quem crê? Temos diante de nós
o desafio de uma Igreja que ultrapassa as paredes do templo e se faz pobre para
os pobres (EG, n. 198). Talvez não fosse a hora de, ao mesmo tempo, com coragem
profética, a Igreja assumir alguns gestos e se fazer mais próxima, dos pobres,
mas também daqueles que detém os ‘meios de produção’, para serenar-lhes
o coração e ajudá-los a fazer uma experiência de fé que os levem a um cuidado
maior com os irmãos, para que se sintam chamados a abrir mão de algumas
seguranças econômicas, que poderão ser reconstruídas?
Muitos
ainda têm dúvida acerca do que vem primeiro : a vida ou a economia. Não seria o
tempo de gastarmos nossas forças e nossos recursos no cuidado das pessoas? Não
seria um caminho propício, o de favorecer iniciativas que promovam a vida
solidária e a proximidade para com os que sofrem? Mesmo nas ‘missas
transmitidas’, não precisaríamos superar a mera assistência/audiência, a
mera transmissão e o mero individualismo em rede? Não seria preciso buscar
formas que permitam um verdadeiro encontro, uma verdadeira escuta e um
verdadeiro diálogo com as pessoas que se conectam com as redes digitais da
Igreja? Não seria importante provocar os fiéis para que este momento seja
vivido como um momento intenso do cultivo da espiritualidade; mas, sem
atribuí-lo um valor substitutivo? Acredito que precisaríamos cuidar mais da
forma da celebração a ser transmitida; ela é sempre ação de toda a Igreja (IGMR
5).
Será
que basta apenas levar em conta a transmissão, sem se preocupar com o modelo
apresentado na mesma? Não sei se estamos bem atentos ao missal romano que prevê
três possibilidades para a celebração : a ‘missa com povo’, a ‘missa
concelebrada’ e a ‘missa com assistência de um só ministro’ (IGMR
252). Portanto, no contexto em que estamos, a Igreja propõe a celebração desta
última, entendida, de acordo com a IGMR, como a missa celebrada por um
sacerdote, ao qual assiste e responde um só ministro (n. 252), mas agora
transmitida pelas mídias (a IGMR também deixa bem claro : Não se celebre sem a
assistência de um ministro ou ao menos de algum fiel, a não ser por causa justa
e razoável, n. 254).
Porém,
que se tenha claro que a oração do presbítero, ainda que com um só ministro; e
mesmo em casos de justa causa, onde ele se veja obrigado a rezar sozinho, será
sempre a oração de toda Igreja; portanto, a oração de todo o povo, em comunhão
com todo povo. Não seria viável, onde possível, que ao invés de cada padre
transmitir a sua missa, se reunissem pequenos grupos de presbíteros para
fazê-lo? Não seria mais pedagógico? Não seria mais testemunhal? Reapresentar o
Ofício Divino, não poderia ser uma grande possibilidade para celebrar a fé,
como oração pública da Igreja, fonte de piedade e alimento da oração pessoal
(SC 90)? Não sabemos por quanto tempo ficaremos assim.
Ademais,
é preciso fazer desse tempo uma ocasião que nos ajude a voltarmos mais
qualificados para nossas assembleias litúrgicas. Por isso, o desafio de não
deixar nossas iniciativas serem conduzidas pela vaidade ou por uma teologia
rasa. Talvez, como nunca, tenhamos hoje, a oportunidade de usar as mídias como
instrumento de catequese, de aprofundamentos de temas e mesmo de ‘viralização’
do Evangelho anunciado; mas, sobretudo, testemunhado. Quem sabe não é hora de
apresentar a riqueza humana e espiritual de nossa Igreja, através dos trabalhos
de tantos grupos e pastorais? Como já aconteceu em outros períodos históricos,
provisoriamente nosso povo vive um grande ‘jejum da comunhão eucarística’.
Mas não estamos privados da comunhão com o Senhor. Seu Corpo santo nos convoca.
Não só na ‘branca hóstia’, com a qual os fiéis estão, de modo geral,
agora, impedidos de se encontrarem; mas, também, na força de sua Palavra e no
irmão que nos estende a mão e precisa, mais que nunca, de nosso cuidado
solidário.
São
João Paulo II nos recordava que o mistério eucarístico – sacrifício, presença,
banquete – não permite reduções nem instrumentalizações; há de ser vivido na
sua integridade, quer na celebração, quer no colóquio íntimo com Jesus recebido
na comunhão. Então a Igreja fica solidamente edificada, e exprime-se o que ela
é verdadeiramente : una, santa, católica e apostólica; povo, templo e família
de Deus; corpo e esposa de Cristo, animada pelo Espírito Santo; sacramento
universal de salvação e comunhão hierarquicamente organizada (EE 61).
Não
podemos perder a sensibilidade de perceber que nosso povo sabe rezar. Não
precisamos fazer para eles simplesmente verem. Talvez seja mais eficaz
ajudá-los, com pistas, com provocações, para que eles celebrem e vivam a força
do mistério celebrado a partir da Igreja Doméstica, ou seja, a sua família. São
perguntas... Perguntas que não desejam diminuir ou desqualificar o esforço de
ninguém. Mas são perguntas que desejam provocar a reflexão para que este tempo
seja oportunidade de crescimento. Seja verdadeiramente uma oportunidade pascal.
Um tempo que nos ajude a dar passos na tão sonhada ‘conversão pastoral’.’
Fonte :
* Artigo na íntegra