Por Eliana Maria (Ir. Gabriela, Obl. OSB)
jornalista, colunista e pároco
de Santo Afonso de Fortaleza, CE
‘O
isolamento, ou confinamento, como queiram, em nossos aposentos ou casas, pesa e
exige enorme renúncia, mas incomparavelmente menor, diante da dolorosa angústia
de muitos irmãos e irmãs que passam pelo sofrimento na própria pele, carne e
ossos, pela devastação da Covid-19, e também pelas pessoas relacionadas : os
seus cuidadores.
Ficar
em casa custa muito, sim! Como é indispensável com ponderações, nestes tempos
de Coronavírus! Somos todos, agressivamente, atingidos por tal força
devastadora, em primeiro lugar, por causa da idade avançada de muitas pessoas
que moram sozinhas; e também devido o incômodo de um espaço, seja numa casa ou
um apartamento pequeno, sem esquecer a cruz pesada da aglomeração, exigindo-se
renúncia e doação, para que a convivência humana em família seja boa saudável.
Distanciados
dos próprios interesses, vontades pessoais e individuais, convém lembrar, mais
do que nunca, que, na dadivosa vontade divina, o que mais importa nessa
circunstância é a vida como dom e graça. Vejamos e sintamos, providencialmente,
aos olhos da fé e da esperança, dessa maneira, a mão afável de Deus a se
manifestar em nosso favor.
Associados
ao mistério da encarnação, na Anunciação do Senhor, quando Jesus entra no mundo
querendo uma única coisa : habitar entre os seres humanos e reconciliar todas
as coisas consigo mesmo, como na seguinte manifestação : ‘Alegra-te, cheia
de graça, o Senhor está contigo!’. Depois da mensagem de Deus pelo anjo
Gabriel, em meio às perplexidades, temos a resposta de Maria : ‘Eis aqui a
serva do Senhor! Faça-se em mim segundo a tua palavra’ (cf. Lc 1, 38).
Assim seja!’
Fonte :
* Artigo na íntegra
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