‘O total de
refugiados sul-sudaneses a viver em países vizinhos bateu a marca de mais de um
milhão, informa a agência da ONU para refugiados (Acnur).
Com isso, o Sudão
do Sul passa a fazer parte do grupo de países que já produziram mais de um
milhão de refugiados, ao lado da Síria, do Afeganistão e da Somália.
Na sexta-feira, 16
de setembro, o porta-voz da agência, Leo Dobbs, disse que a maioria dos que
fogem do Sudão do Sul é composta de mulheres e crianças. Entre eles estão
sobreviventes de ataques violentos e violações sexuais, menores separados de
suas famílias, idosos e pessoas com deficiência. Muitos estão precisando de
cuidados médicos urgentes.
Mais de 75% das
pessoas que deixaram o Sudão do Sul recentemente foram para o Uganda, mas
também há um grande número de sul-sudaneses no oeste da Etiópia, na região de
Gambella. Alguns foram para o Quênia, República Centro-Africana e a República
Democrática do Congo, RD Congo.
O Sudão do Sul, o
mais novo país da ONU, completou cinco anos de existência em meio a uma grave
crise de violência entre os simpatizantes do presidente Salva Kiir e do
ex-vice-presidente Riek Machar.
Centenas de
milhares de pessoas estão precisando de ajuda. Mais de 1,6 milhão são
deslocadas internas. Ao todo, o Uganda está a abrigar mais de 373 mil
refugiados do conflito sul-sudanês.
Muitos refugiados
chegam exaustos ao país de asilo após caminharem a pé vários dias pelo mato com
sede e com fome. Muitas crianças ficaram órfãs de pai, mãe ou ambos.
Várias crianças
mais velhas acabam tendo que cuidar dos irmãos menores.
O país vizinho,
Sudão, está a abrigar o terceiro maior número de refugiados sul-sudaneses com
mais de 247 mil pessoas que continuam a entrar na nação pelo leste de Darfur ou
os estados do Nilo Branco.
Os refugiados
também se deslocam, em menor número, para o Quênia, a RD Congo e a República
Centro-Africana desde o retorno dos combates em julho.’
Fonte :
Nenhum comentário:
Postar um comentário