Aconteceu com um homem no Texas, libertado após 11 meses de cadeia. Mas, graças a ele, o filho está hoje curado.
‘Abraçado
ao filho deitado num leito de hospital, de olhos fechados e ligado a tubos de
oxigênio : esta é a imagem que corre a internet mostrando George Pickering, 59
anos, saído da prisão antes do Natal e depois de passar onze meses atrás das
grades.
Para ele, que
sempre teve uma conduta íntegra, os problemas com a lei começaram há exatamente
um ano. ‘Precisamos de ajuda urgente. Há um familiar de um paciente com uma
arma’. Estas foram as palavras que um membro do Tomball Regional Medical
Center, hospital de Pinehurst, no Texas, disse ao telefone depois de discar o
número da polícia.
Pouco antes,
Pickering tinha puxado a pistola e se barricado num quarto do hospital ao lado
do leito do filho, em coma depois de sofrer um acidente vascular cerebral. O
ato extremo veio depois da notícia de que o jovem seria desligado das máquinas
que o mantinham vivo, por causa da morte cerebral.
A decisão dos
médicos foi aceita pela mãe e pelo irmão mais velho do jovem de 27 anos. Mas
não pelo pai, George, convencido de que, mesmo cerebralmente morto, o filho
ainda podia ser salvo. ‘Os médicos disseram que o meu filho estava com o
cérebro morto, que ele era um vegetal’, disse George à emissora local KPRC. ‘Tudo
era uma pressa só, o hospital, os enfermeiros, os médicos. Eu sabia que, se
pudesse ficar sozinho com ele durante umas três ou quatro horas, ia saber se
ele estava morto ou não’.
Mas as razões do
pai desesperado foram rejeitadas pelo muro dos protocolos. De acordo com a
KPRC, já haviam começado os procedimentos para a doação dos órgãos. Foi quando
George sacou a arma que portava e ordenou que todos na sala saíssem
imediatamente.
Sozinho à
cabeceira do filho, o pai começou a interagir com ele. Em pouco tempo, verificou
que o jovem não estava com morte cerebral. Quando os médicos conseguiram voltar
para a sala de terapia intensiva, não puderam fazer nada além de constatar, com
surpresa, que o rapaz tinha começado a fazer contato visual e a obedecer às
suas ordens.
George, como
explica o seu advogado, tinha pressionado várias vezes a mão do filho durante o
tempo (algumas horas) em que os dois permaneceram a sós. Foi graças a isso que
os médicos, em vez de remover os aparelhos, começaram os procedimentos de
reanimação do paciente.
Enquanto isso,
George se entregou às autoridades, acusado de agressão agravada por uso de arma
letal. Julgado sumariamente, foi condenado a um ano de prisão. Um ano de
purgatório, suportado apenas com o objetivo de voltar a abraçar o seu filho.
Desta vez, não mais numa cama de hospital, mas em casa.
O objetivo foi
atingido. O jovem, aos poucos, está retomando a saúde. ‘A lei foi quebrada, mas
foi quebrada por uma boa razão’, diz o jovem, que acrescenta, apontando para o
pai sentado ao lado : ‘Tudo de bom que foi feito por mim foi realizado por este
homem que está aqui sentado ao meu lado’.’
Fonte :
* Artigo na íntegra http://www.zenit.org/pt/articles/um-pai-se-opoe-a-eutanasia-do-filho-e-e-condenado-a-1-ano-de-prisao
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