*Artigo
de Padre Olmes Milani,
Missionário Scalabriniano
‘Peregrinando
por diversos países, nos cinco continentes, aprendi que a virtude que mais
ajuda para ser aceito numa cultura, é o respeito. Existe muita
diferença entre cometer erros por falta de conhecimento quanto à cultura
receptora e o julgamento negativo sobre as diferenças.
Nas Arábias, como
em qualquer outro lugar, existem algumas coisas que devem ser levadas em conta.
Sendo a maioria absoluta da população islâmica, os alto-falantes nos minaretes
das mesquitas emitem, cinco vezes por dia, o convite para a oração. Os
muçulmanos podem prostrar-se em qualquer lugar, à beira da estrada ou no
escritório para rezar, voltados para a Meca.
Transeuntes devem
evitar de passar na frente de alguém que está rezando.
O consumo de
álcool por estrangeiros é permitido, em lugares próprios, mas noitadas em bares
e discotecas e diversões mais pesadas são apenas toleradas.
A compra de
bebidas alcoólicas pode ser feita em lugares destinados para isso. Existem
companhias que fornecem as bebidas para hotéis, e locais com alvará. Contudo, às vésperas de festas religiosas,
não é permitido o comércio de licores.
A carne de porco é
proibida. Os estrangeiros podem adquiri-la numa venda separada dos
supermercados.
Manifestações de
afeto entre homem e mulher, em público, devem ser evitadas.
É considerado
insulto mostrar a sola dos pés na direção de alguém. É ofensivo apontar com o
dedo alguma pessoa.
Não se iluda em
achar que a imagem comum de homens de mãos dadas é uma evidência gay. Entre
indianos, paquistaneses e árabes, isso é apenas um sinal de amizade.
Cumprimento dando
a mão para uma mulher deve ser evitado.
Coloca-se a mão sobre o lado esquerdo do peito e diz-se a saudação.
Deve-se ter sempre presente que, quando alguém
compara culturas ou as julga, dificilmente vai ter espaço na sociedade
receptora.
O erro é perdoado e não impede à pessoa de ser
bem-vinda. Maneiras cordiais e senso de humor servem para superar os impasses.
Assim aprendemos o
bom convívio com as pessoas diferentes.’
Fonte :
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