Por Eliana Maria
(Ir. Gabriela, Obl. OSB)
*Artigo de Peter Cameron
‘Um poema de George Herbert (+1633) fala da oração como ‘o sopro de Deus no homem que retorna ao nascimento… trovão invertido… o sangue da alma’.
Ele
fala a partir da situação comum de quem se sente esgotado, de coisas que estão
desmoronando – de precisarmos de algo maior do que nós mesmos para sermos nós
mesmos. Quando estamos desfeitos, precisamos ser refeitos. E buscamos,
então, a oração para nos recriar.
O
clássico espiritual A Nuvem do Desconhecido (The Cloud of
Unknowing), do século XIV, fornece excelentes conselhos práticos aos que
estão desgastados em busca de um modo de orar :
Sempre
que fores atraído pela graça para o trabalho contemplativo e estiveres
determinado a fazê-lo, simplesmente eleva teu coração a Deus com uma suave
moção de amor. Pensa apenas em Deus, o Deus que te criou, te redimiu e te guiou
a esta obra.
A
oração poderia assumir uma forma como esta. Instalando-se num lugar tranquilo,
acalme-se o máximo que puder e, então, com uma serena moção de amor, ore : Deus
Amantíssimo… Vós me criastes… Vós me redimistes e me chamastes para Vós…
somente pela vossa graça. Eu anseio por Vós… A Vós procuro… A Vós, e nada menos
que a Vós. A simples reafirmação orante desses fatos revoga o caos,
renovando-nos e rejuvenescendo-nos enquanto leva a Verdade à irrupção.
A
gigante espiritual Santa Isabel da Trindade era devota deste mistério
e nos anima com seu fervor :
Ó meu Deus, Trindade a quem adoro, deixai-me esquecer
inteiramente de mim, para que possa habitar em Vós, em quietude e
tranquilidade, como se minh’alma já estivesse na eternidade. Pacificai a
minh’alma! Fazei dela um paraíso vosso, amada morada vossa e lugar do vosso
repouso. Que eu nunca vos deixe só, mas sempre esteja alerta, com fé sempre
atenta, sempre adorando e totalmente entregue à vossa ação criativa.’
Fonte : *Artigo na íntegra
https://pt.aleteia.org/2023/02/22/quando-estamos-desfeitos-a-oracao-nos-recria/
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