Por Eliana Maria (Ir. Gabriela, Obl. OSB)
*Artigo da Vatican News
‘O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF)
declarou, em um relatório que mais de 11.000 crianças foram mortas ou mutiladas
desde 2015, em média quatro por dia; 7.245 feridas; 445 meninos foram presos;
152 crianças sequestradas; 47 expostas à violência sexual; pelo menos 74
crianças, entre as 164 pessoas, mortas ou feridas por minas e munições não
detonadas; quase 4.000 meninos arrolados nos combates e 91 meninas utilizadas
em ações ou postos de controle. Com a falta de acesso à água potável, as crianças
correm um risco extremo de surtos de cólera, sarampo, difteria e outras
doenças, evitáveis com vacinação.
Segundo
ainda os dados do UNICEF, após quase oito anos da escalada do conflito, cerca
de 13 milhões de crianças necessitam de assistência humanitária e proteção; 672
sedes de ensino e 228 centros de saúde foram atacados; 2,2 milhões de crianças,
no Iêmen, são alvo de desnutrição aguda, sem contar as quase 540.000, com menos
de cinco anos, que sofrem de grave desnutrição e lutam pela sobrevivência; 9,2
milhões de menores não têm acesso à água potável e saneamento; 13 milhões não
têm assistência sanitária; 2 milhões não têm escola, pois uma, em cada quatro
escolas, no Iêmen, foi destruída ou parcialmente danificada.
Estes
são os resultados do conflito no Iêmen, segundo UNICEF, que teve início em
2015. Estes são apenas alguns casos detectados, mas, é provável, que o balanço
deste conflito seja bem maior.
A
diretora executiva do UNICEF, Catherine Russell, fez um premente apelo para que
seja renovada, com urgência, a trégua obtida com a sua missão. E acrescentou : ‘Para
que as crianças do Iêmen tenham chance de um futuro digno, as partes em
conflito, a comunidade internacional e todos os responsáveis devem
garantir-lhes proteção e apoio. Neste sentido, a renovação urgente da trégua
seria um primeiro passo positivo, para permitir um acesso humanitário vital. Em
última análise, apenas uma paz duradoura permitirá que as famílias reconstruam
suas vidas destruídas e comecem a planejar o futuro’.
Enfim,
o UNICEF precisa, urgentemente, de 484,4 milhões de dólares para responder à
crise humanitária no Iêmen e dar continuidade aos serviços essenciais, que
colocam em risco as vidas e o bem-estar das crianças.
Apesar
dos desafios, até agora, o UNICEF conseguiu enfrentar a desnutrição aguda de
mais de 260.000 crianças; transferir dinheiro para cerca de 1,5 milhão de
famílias; garantir acesso à água potável para quase 5 milhões de pessoas;
fornecer vacinas contra sarampo e poliomielite para mais de 1,5 milhão de
crianças; dar assistência psicossocial e sanitária em 24 hospitais e aprimorar
serviços de tratamento e prevenção da desnutrição.’
Fonte : *Artigo na íntegra
https://www.vaticannews.va/pt/mundo/news/2022-12/iemen-mais-11-mil-criancas-mortas-mutiladas.html
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