Por Eliana Maria (Ir. Gabriela, Obl. OSB)
*Artigo do Padre Geovane Saraiva,
jornalista, colunista e pároco
de Santo Afonso de Fortaleza, CE
‘No Advento, quanta esperança nos verbos ‘anunciado’, ‘chegado’,
‘completado’ e ‘realizado’, na promessa da vida nova de outrora, no cordeiro
que desce dos céus trazendo a salvação, na alegria do Salvador em nossos dias,
sendo, para a humanidade, a plenitude dos tempos! Neste tempo abençoado do
Advento, que todos se unam, confiem e acreditem no amor ardente e compassivo do
Pai do céu, presente para as pessoas e para o mundo, amor este sempre redentor,
ao impulsionar seu Filho Jesus em seu projeto de amor, na expectativa de que
tudo aconteça e tenha sua favorável e auspiciosa concretude em nós, criaturas
humanas.
Jesus,
com sua encarnação, o que mais deseja e pede de nós é que realizemos a vontade
do Pai, levando a bom termo a obra que lhe foi confiada pelo bom Deus, na vida
que requer ânimo e coragem. Deus pede convicção naquilo em que se acredita, que
seja este um ardente e impactante desejo de nossa parte, obtendo uma autêntica
e sincera reflexão sobre a Lei do Senhor, ao mesmo tempo em que se manifestem indicadores
precisos de que haveremos, sim, de nos envolvermos, confiantes no indizível
mistério, mas numa disposição energicamente restauradora e salutar.
Somos
desafiados, desse modo, a acolher e tratar a largueza misteriosa da benfazeja
eternidade de Deus, na nossa caminhada para o Natal do Senhor, no mais elevado
respeito aos sacramentos, também pela Palavra de Deus e demais sinais deste
Advento, no esforço e preocupação de que, como pessoas voltadas ao mistério, o
nosso modo de viver se aproxime da fé por nós abraçada no batismo. Os sinais
concretos deste Advento de 2022 querem provocar e inquietar as pessoas de boa
vontade, contribuindo muito, no sentido de que se possa pensar, mas sempre
interpelando sua própria liberdade de escolha, sem nunca querer forçar, diante
da ação de Deus em Jesus de Nazaré, Rei da paz na humilde estribaria de Belém
(cf. Alfredo Läpple, Interpretação atualizada e catequese, p. 250).
Devemos
combater o pessimismo, numa caminhada de confiança, convicção de que nossa vida
está nas mãos de Deus, mas num sereno entusiasmo, habilitados e instruídos de
respeitar o dom maravilhoso da vida e da dignidade humana, ao fugir do rancor,
do ódio e da violência. Os milagres revelam, didaticamente, o aspecto
escatológico, no sonho da ‘nova criação’, na qual todos aqueles que são
atingidos pela escassez e insuficiência do corpo e do espírito saberão que ‘cegos
recuperam a vista, coxos andam, leprosos são purificados, surdos ouvem e mortos
ressuscitam (Mt 11, 5).’
Fonte : *Artigo na íntegra
Nenhum comentário:
Postar um comentário