*Artigo do Prof. Felipe Aquino,
‘Muitos
querem hoje dizer Sim à Cristo, e Não à Igreja; mas isto afeta a própria
identidade do Cristianismo. A Igreja, instituída por vontade de Cristo, com
suas normas, como prolongamento da Encarnação do Verbo de Deus, se tornou o
lugar privilegiado do encontro dos homens com Cristo e com o Pai.
Quem
pergunta : ‘Por que a Igreja?’, cai no mesmo erro de quem pergunta : ‘Por
que Cristo?’ Cristo veio do Pai e deixou a Igreja. O Pai enviou Jesus para
a salvação do mundo, e Cristo enviou a Igreja. ‘Assim como o Pai me enviou,
assim também eu os envio a vós’ (Jo 20,21).
Muitos
hoje querem a Igreja na forma de uma ‘democracia moderna’, onde tudo se
decida pela vontade da maioria. Ela seria então como um grande Clube religioso,
de normas ‘flexíveis’, mais assimiláveis. A consequência disso – e o
grande engano – é que neste caso o homem seria guiado unicamente por si mesmo,
e não por Deus. Não seria mais ‘a Igreja de Deus’ (1Tm3,15).
Pelo
fato da Igreja ter a sua vida guiada pela Sagrada Tradição que vem de Cristo e
dos Apóstolos, dá-nos a garantia de que é o próprio Jesus, presente nela, que a
conduz.
O
primeiro ‘Sacramento’, o fundamental, é a santíssima humanidade de
Jesus, através da qual (gestos, palavras) passava a graça de Deus. A Igreja é a
continuação desse ‘Sacramento’; por isso São Paulo a chama simplesmente
de ‘o Corpo de Cristo’ (Cl 1,24).
As
expressões terminais desse Sacramento ‘Cristo – Igreja’, são os sete
Sacramentos, que levam a salvação ao homem, do nascer até o morrer. E sem a
Igreja não há Sacramentos; logo, não há salvação. Daí podemos ver claramente
que a Igreja é tão essencial ao Cristianismo quanto o mistério da Encarnação do
Verbo.
Num
Cristianismo sem a Igreja instituída por Cristo (Mt 16,16s) sobre Pedro e os
Apóstolos, o próprio Cristo ficaria mutilado, como que degolado…
E
essa Igreja é a única e una, católica (universal), apostólica e romana.’
Fonte
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