Por Eliana Maria (Ir. Gabriela, Obl. OSB)
‘Quando
duas pessoas se abraçam e a desproporção entre elas é grande, dizemos que uma
(a menor) se perde no abraço da outra. Assim, também, muitas vezes temos a
sensação de que nossa pequenez (os pequenos gestos que fazemos, as pequenas
coisas nas quais estamos etc.) se perde no abraço de Deus, ou seja, no que seu
amor abarca, na totalidade do seu projeto.
Mas
aqui são os pequenos que nos ensinam que, em seu abraço, a pequenez não fica
perdida. No abraço que Deus nos dá, Ele mostra seu abaixar-se, colocar-se à
altura do pequeno que abraça, e aí, paradoxalmente, se iguala à altura do seu
amor.
Tocar
o abraço de Deus é tocar seu desejo de que nada nem ninguém se percam. Deus não
abraça para fechar. Deus abraça para cuidar, para salvar. Abraça o que ama. Foi
assim que Jesus abraçou a cruz pela qual os homens voltariam ao abraço do Pai.
Abraço que não quis deixar ninguém de fora.
E
assim, nos braços estendidos do Filho na cruz, está desde então oferecido o
abraço do Pai para todo aquele que reconhecer a pequenez à qual ficou reduzida
a medida do seu amor.
Ninguém
volta ao Pai sem o abraço do Filho na cruz. Nele, quem estava perdido é
encontrado; quem estava morto volta à vida.
Só
no abraço do Pai é que o filho está bem cuidado.’
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