Por Eliana Maria (Ir. Gabriela, Obl. OSB)
*Artigo do Padre Brás Lorenzetti
‘A vida é um
convite contínuo ao crescimento cultural, humano e espiritual. Se nos
consideramos satisfeitos ou pensamos não precisar mais de nenhum tipo de
aprofundamento, começamos a regredir, paramos de crescer e de viver!
A vivência cada
vez mais intensa da espiritualidade faz descortinar novos mundos e descobrir
possibilidades antes não imaginadas. Muitas experiências poderiam ser
mencionadas aqui, no entanto, gostaria de citar uma que poderá ajudar, pelo
menos, a refletir. Ao mergulhar mais profundamente na vida espiritual e de
oração passamos a ter outra sensibilidade em relação à forma como Deus e a
Virgem Maria se comunicam conosco.
O que vou
relatar agora pode acontecer com cada um de nós, porém, cada um deve descobrir
as diferentes e criativas formas de manifestação de Deus em sua própria vida.
Aprendi que são muitas as formas de Deus se manifestar, porém, todas elas muito
sutis, quase imperceptíveis e não por mérito, mas por pura graça : uma
inspiração, uma visão, uma palavra da Escritura, uma figura, uma imagem e até
um milagre. 
Sentir algo
diferente, a sensibilidade e a emoção elevadas ao grau máximo, sentir uma
presença que não se sabe explicar; às vezes uma intuição, outras, um
interrogante. A certeza que se tem é a necessidade de estar atento, devoto,
consciente e muito voltado para o interior, a fim de poder captar a voz de Deus
que no silêncio se comunica. E assim acontece, seja nos grandes acontecimentos
da vida, seja em várias outras ocasiões, mas sempre em clima de oração.
Por isso, a
prática da espiritualidade e, em especial, da oração nos coloca em sintonia
para perceber esses sinais da presença de Deus, como também da intercessão da
Virgem Maria. O ativismo e a dispersão nos impedem de captar as sutis
comunicações do Alto. Assim viveram os grandes mestres da vida espiritual e, em
especial, os santos. O próprio Santo Antônio Maria Claret, por ocasião da
conservação da Eucaristia em seu peito, de uma comunhão a outra, dizia ‘Eu
preciso estar muito recolhido e devoto interiormente’ para não se afastar da
presença daquele que o habitava como sacrário vivo.
Se conosco Deus
se manifesta dessa forma, imagine sua presença na vida da Virgem Maria. Essa
percepção foi tal a ponto de Maria conceber em seu seio, pela ação do Espírito
Santo, Jesus, o Filho de Deus; proximidade e comunhão espiritual nos mínimos
acontecimentos da vida faziam de Maria uma mulher em constante e profunda união
com Deus e, na gravidez, com seu filho, Jesus. Nenhuma sutil manifestação
passava despercebida na vida de Maria; é por isso que, nos evangelhos, vemos a
presença marcante de Maria no silêncio e não tanto na fala.
Contemplemos,
pois, o silêncio de Maria, que, por si, é eloquente não em palavras, mas em
atenção e comunhão com o Divino. Tenhamos a certeza de que assim como Maria
estava atenta à ação e à voz de Deus, assim também ela está atenta aos nossos
rogos, como mãe que é de todos nós. 
A propósito,
como você tem sentido a presença de Deus em sua vida? Que sinais, moções ou
inspirações indicam que Deus está próximo e quer se comunicar.’
Fonte : *Artigo na íntegra
https://revistaavemaria.com.br/sutilezas-de-deus-e-da-virgem-maria.html

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