Por Eliana Maria (Ir. Gabriela, Obl. OSB)
‘A escola de liturgia do
Pontificio Ateneo Sant'Anselmo, em Roma, é cada vez mais influente na
determinação das normas litúrgicas anunciadas pela Santa Sé como a restrição à
missa tradicional anterior à reforma do Vaticano II. Durante o Concílio
Vaticano II, o Instituto Sant´Anselmo tornou-se ponto de referência para o
debate sobre a reforma litúrgica e sua subsequente implementação. Tanto o novo
secretário da Congregação do Culto Divino do Vaticano, bispo Vittorio Viola,
quanto o subsecretário, dom Aurelio Garcia Macias, nomeados em maio estudaram
lá.
Criado em 1637, dissolvido em
1837 e restaurado pelo Papa Leão XIII em 1887, a sede do ateneu fica no monte
Aventino, em Roma, desde 1896. O Instituto de Liturgia do Pontifício Ateneo
Sant'Anselmo foi criado antes do Concílio Vaticano II em 1961 pelo papa João
XXIII e confiado a monges beneditinos.
Um dos professores mais
importantes do Sant'Anselmo é o teólogo Andrea Grillo, vigoroso defensor
do motu proprio Traditionis custodes que revogou o
livre acesso ao uso do Missal de 1962, concedido em julho de 2007 pelo motu
proprio Summorum pontificum, do então papa Bento XVI.
Desde a eleição do papa
Francisco, Grillo fez campanha a favor da imposição de um silêncio
institucional sobre o papa emérito. Ele também criticou os cardeais Carlo
Cafarra, Joachim Meisner, Raymond Burke e Walter Brandmuller que, em 2016,
pediram esclarecimentos sobre a exortação apostólica Amoris laetitia do
papa Francisco, especialmente se o documento autorizava ou não a comunhão para
pessoas separadas vivendo em nova união. O papa nunca respondeu.
O arcebispo Piero Marini,
mestre de cerimônias das viagens pela Itália do papa Francisco, que também foi
mestre de cerimônias do papa João Paulo II, é outro ex-aluno Sant’Anselmo.
Assim como o padre Corrado Maggioni, que desde 1990 serve na Congregação para o
Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos como subsecretário. Marini e
Maggioni foram membros da comissão que redigiu o motu proprio
Principium magnum de 3 de setembro de 2017, pelo qual o papa Francisco
transferiu a responsabilidade sobre as traduções dos textos litúrgicos para as
conferências episcopais nacionais, tirando-as da Congregação para o Culto
Divino em Roma, eu buscava uniformiza as traduções. O cardeal Robert Sarah,
então prefeito da congregação, foi marginalizado dessas discussões.
Dom Maurizio Barba, funcionário
da Congregação da Doutrina da Fé, ensina no instituto de liturgia do
Sant’Anselmo, assim como o frade carmelita Giuseppe Midili, diretor do gabinete
litúrgico da diocese de Roma. Midili é candidato a suceder Guido Marini como
mestre de cerimônias do papa. Outro candidato ao cargo é o padre Pietro Muroni,
decano da Faculdade de Teologia da Pontifícia Universidade Urbana e consultor
do Escritório para as Celebrações Litúrgicas do Sumo Pontífice. Ele também
estudou no Sant'Anselmo.’
Fonte : *Artigo
na íntegra https://www.acidigital.com/noticias/escola-de-liturgia-que-pautou-discussao-do-vaticano-ii-cresce-em-influencia-32589
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