*Artigo de Philip Kosloski,
escritor e designer gráfico
‘Depois de falar
dos beneditinos e dos carmelitas, prosseguimos agora com os franciscanos e os
dominicanos.
Franciscanos
Jeffrey Bruno /
Aleteia
Fundada no século
XIII por São Francisco de Assis, a família franciscana é grande, com numerosas
comunidades religiosas, conventuais e apostólicas, inspiradas no Pobrezinho de
Assis. O hábito franciscano é simples : consiste em uma túnica (às vezes com
escapulário) e pode ser marrom, preto, cinza ou ainda de outras cores, cada uma
com seu próprio simbolismo, dependendo do ramo franciscano em questão. O que
São Francisco escolheu foi simplesmente o tecido mais pobre da época – aliás, a
sua própria roupa tinha remendos de cores diferentes.
No geral, o hábito
franciscano é cingido por uma corda com três ou quatro nós, que simbolizam os
votos de pobreza, castidade e obediência e um voto mariano extra. É comum que a
corda esteja acompanhada de um grande rosário. Essa corda talvez seja o mais
distintivo elemento do hábito franciscano : se você vir uma corda em algum
hábito religioso, é provável que se trate de alguém com raízes na
espiritualidade franciscana. Os frades capuchinhos são um dos ramos mais conhecidos
da família franciscana, enquanto os Frades Franciscanos da Renovação são uma
comunidade relativamente nova e em notável crescimento.
Entre os mais
famosos santos franciscanos estão, além do próprio Francisco, Santa Clara de
Assis, São Boaventura e Santo Antônio. A Madre Angélica, fundadora da rede
televisiva católica EWTN, fundou seu próprio mosteiro de clarissas, freiras da
grande família franciscana. A Ordem Terceira, ou leigos franciscanos, incluiu
nomes da envergadura histórica de Dante Alighieri, Santa Isabel da Hungria,
Louis Pasteur e o beato Frederico Ozanam, fundador da Sociedade de São Vicente
de Paulo.
Dominicanos
Provincia di St.
Joseph
Fundada por São
Domingos na mesma época do nascimento dos franciscanos, a ordem dominicana
costuma ser a mais fácil de identificar : seu hábito e seu escapulário são
brancos e os homens usam capuz enquanto as freiras usam véu preto, o que, tal
como no caso dos beneditinos, configura a única diferença entre os hábitos
dominicanos para homens e para mulheres. Em determinadas ocasiões, eles usam
uma capa preta sobreposta ao hábito. O branco simboliza a pureza da vida de
Cristo e, de modo semelhante aos beneditinos, o preto indica a penitência, a
mortificação e a morte ao pecado. Eles também usam um cinto de couro com um
grande rosário. Aliás, é esse rosário o que ajuda a identificar os dominicanos
entre as outras famílias religiosas que usam branco.
A ordem dominicana
também é bastante associada a um alto nível na formação intelectual. Nos
Estados Unidos, por exemplo, é muito respeitada a Casa Dominicana de Estudos em
Washington, DC, mas essa fama já vem de séculos : é dominicano ninguém menos
que São Tomás de Aquino, um dos máximos nomes da filosofia e da teologia
católica de todos os tempos. Além dele, são dominicanos o Papa São Pio V e São
Jacinto e, no ramo leigo, Santa Catarina de Sena, Santa Rosa de Lima, São
Martinho de Lima e o bem-aventurado Piergiorgio Frassati.
A família
dominicana tem experimentado nos anos recentes um notável crescimento em seus
ramos apostólicos e contemplativos.’
Fonte :
* Artigo na íntegra https://pt.aleteia.org/2017/08/01/por-que-monges-e-freiras-usam-cores-diferentes-parte-2/
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