*Artigo
de Raffaela Silipo
‘Superman? ‘Acaba sendo chato’. Nada a ver com
Frodo, ‘que pode sofrer e falhar e, no
final, triunfar’. Os escritores católicos de ficção científica e romances
de fantasia têm uma vantagem, diz Guy J. Consolmagno (cientista jesuíta
apaixonado pela ficção científica, aquela que o levou à carreira científica) em
‘La Civiltà Cattolica’. John R.R.
Tolkien e Gene Wolfe são os exemplos mais óbvios. Porém, entre os escritores
mais amados e conhecidos de ficção científica há ‘insuspeitadamente’ muitos católicos. Por quê? ‘Por exemplo, a concepção católica de uma humanidade pecadora implica a
presença de personagens que podem ser amados, mesmo quando cometem erros e se
comportam mal’.
O artigo,
intitulado ‘A Fantasia e a sensibilidade
católica’, que será publicado na próxima edição da revista dos jesuítas,
aponta que os escritores católicos têm uma vantagem graças à sua fé, mesmo do
ponto de vista narrativo. Além disso, Tolkien argumentou em uma carta a outro
jesuíta, Robert Murray, ‘O Senhor dos
Anéis é fundamentalmente uma obra religiosa e católica : o elemento religioso
está enraizado na história e no simbolismo’.
O Catolicismo
neste caso ‘é um conjunto de princípios
sobre o universo, para além do que podem dizer os astrônomos. E as boas
histórias, muitas vezes vêm a partir do embate entre visões de mundo opostas.
Ser católicos em um mundo secular significa viver esta tensão : é um bom
caminho’. O desafio é sempre este : a batalha entre o bem e o mal, a
batalha pelos sentimentos grandes e nobres, a procura de um sentido último das
coisas e, acima de tudo, o desejo de grandeza, ‘promover uma imagem que é grande o suficiente para ser universal’.
Neste sentido, o objetivo de escritores católicos parece ser, basicamente,
encontrar novas maneiras de falar sobre Deus, mas mantendo-se fieis ao
verdadeiro Deus’.’
Fonte :
* Artigo na íntegra http://domtotal.com/noticia/1178842/2017/08/a-fantasia-catolica-tem-uma-vantagem/
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