‘11
milhões de crianças correm o risco de morrer de fome na África. O SOS Aldeias das Crianças é um programa de emergência
na Etiópia
Segundo as Nações
Unidas, as pessoas que correm o risco de passar a fome devido à seca na África
são cerca de 30 milhões. A África do Sul já declarou estado de calamidade e em
Angola, Botswana, Malawi, Zâmbia, Zimbabwe, Lesoto, Swazilândia e Moçambique, a
situação de emergência poderá agravar-se ainda mais. Preocupante é a situação
na Etiópia, onde mais de 10 milhões de pessoas necessitam de ajudas
alimentares.
‘As crianças são os mais vulneráveis em
tempos de penúria alimentar aguda. Temos necessidade de responder
imediatamente, antes que a crise alimentar se agrave e a má-nutrição os toque
de maneira irreversível. Mas, a resposta humanitária deveria ter uma visão a
longo prazo. É necessário desenvolver uma estratégia para reduzir
sistematicamente a má-nutrição e os fatores-chave que causam vulnerabilidade
infantil’ – afirma Dereje Wordofa, Director Internacional SOS da África
Oriental e Meridional.
SOS Aldeias das
Crianças Etiópia é parte ativa da nova task-force de proteção da infância guiada
pelo UNICEF e pelo Fundo das Nações Unidas para a População, UNFPA. Esta
task-force ou grupo de trabalho concentrará os seus esforços no apoio
psicológico das vítimas da seca e protegerá 1 milhão de crianças vulneráveis de
várias formas : dos serviços de proteção da infância, programas de reforço
familiar, de apoio e de reunião de menores não acompanhados, e apoio psicológico
à infância.
‘É encorajador ver
que o governo da Etiópia tenha tomado medidas antecipadas. Começou por procurar
e distribuir alimentos há já um ano atrás. A seca causará, muito provavelmente,
aumento dos preços dos produtos alimentares o que incidirá negativamente no
bolso das famílias. E poderá ter também um impacto negativo também sobre os
programas de reforço familiar, mas a política de prevenção posta em ato
juntamente com o governo e com as outras agencias humanitária nos leva a pensar
que conseguiremos enfrentar a crise – concluiu Dereje Wordofa.
SOS Aldeias das
Crianças começou a atuar na Etiópia precisamente em 1974, ano em que o país foi
atingido por uma terrível seca. Hoje está presente em diversas regiões do país :
Jimma, Adis-Abeba, Harrar, Hawasa, Gode, Bahir, Dar e Makallé. A Etiópia passou
por uma grave crise alimentar entre 1983 e 1985, o que ceifou a vida a cerca de
um milhão de pessoas. A Seca de 2011 atingiu 4,6 milhões de pessoas na Etiópia,
4 milhões na Somália, 3,8 milhões no Quénia e 180 mil no Djibuti.
SOS Aldeias das
Crianças é uma organização mundial empenhada no apoio a crianças que carecem de
cuidados familiares ou que correm o risco de os perder. Surgiu em 1949 e até
hoje é a única Associação com capacidade para acolher, no seio das suas Aldeias
SOS, 82.300 crianças, às quais garante instrução, curas médicas e tutela em
situação de emergência. Promove programas de suporte a famílias em estado de
necessidade e está presente em 134 países do mundo, onde ajuda cerca de dois
milhões de pessoas.’
Fonte :
* Artigo na íntegra
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