‘O
VI Prêmio de Direitos Humanos ‘Rey de
España’ foi entregue à Congregação de Religiosas
Adoradoras Servas do Santíssimo Sacramento e da Caridade, por seu trabalho em favor das
mulheres vítimas do tráfico humano e da violência de gênero.
Em
seu discurso, a superiora geral das Adoradoras, Irmã Teresa Valenzuela
Albornoz, agradeceu especialmente ‘em
nome delas, de tantas mulheres adultas, jovens e até meninas, que, depois de
uma dolorosa experiência de exploração, através de um longo processo de
acolhimento e de libertação, vivem hoje integradas na sociedade e, em muitos
casos, são promotoras e agentes de mudança nas suas realidades familiares e
entornos sociais. São mulheres valentes, lutadoras tenazes, que, todos os dias,
nos dão lições de resiliência, de capacidade de recuperação, de esperança nas
suas possibilidades e nas nossas como sociedade’.
Durante
a cerimônia também esteve presente a superiora provincial da congregação na
Espanha, Irmã Margarita Navio Sánchez, que recordou que, ‘para desenvolver a nossa missão, é imprescindível a colaboração e o
trabalho em rede, tanto com instituições públicas quanto com as organizações da
sociedade civil. Estendemos este reconhecimento a todas as instituições e
organizações da sociedade civil com as quais cooperamos no dia a dia, unindo
forças, criando sinergias e complementando as nossas capacidades em favor das
mulheres em situação de maior vulnerabilidade, como é o caso das mulheres
vítimas do tráfico humano’.
O
rei Felipe VI encorajou nesta semana a luta ‘firme e determinada’ contra as diversas formas de comércio humano e
de violência contra jovens e mulheres de todo o mundo, uma prática que o
monarca definiu como ‘nova escravidão’
e cuja ‘dimensão transnacional é um
desafio a combater’.
‘Temos em vocês um magnífico exemplo da força
de mudança comprometida’, disse o rei da Espanha. ‘A sua voz em prol dos direitos da mulher é a mesma de tantas mulheres
que foram privadas dela. Todos nós desejamos que essa voz não se cale, que
chegue a muitos ouvidos, que ressoe nas consciências e que chegue aonde for
necessário para melhorar sempre a realidade das pessoas mais vulneráveis e
desfavorecidas’.
As
religiosas Adoradoras nasceram em Madri em 1856 com o carisma específico de
contribuir com a ‘libertação, integração
pessoal, promoção e reinserção social da mulher vitimada por diversas formas de
escravidão, além da denúncia e da análise crítica da realidade’, informou a
congregação em comunicado.
O
trabalho foca em programas ‘dirigidos a
mulheres em situação de vulnerabilidade social, prostituição, vítimas de
tráfico humano e de violência doméstica, mães jovens sem apoio, mulheres com
problemas de dependência química, mulheres privadas de liberdade e menores em
situação de exclusão’.
Para
favorecer a recuperação integral e fomentar a autonomia das mulheres, a
instituição põe à disposição delas ‘recursos
de acolhimento, apoio e assessoria jurídica, psicológica e inserção social e no
mundo do trabalho, mediante uma intervenção educativa individualizada em que
cada mulher é a protagonista do próprio processo’.
A
congregação ajuda, através de 420 projetos, mulheres vítimas de exploração em
23 países da Europa, Ásia, África e América. Só no último ano, as Adoradoras
atenderam oito mil mulheres em todo o mundo.’
Fonte :
* Artigo na íntegra de http://www.zenit.org/pt/articles/as-adoradoras-do-santissimo-recebem-o-vi-premio-de-direitos-humanos-rey-de-espana
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