quinta-feira, 16 de abril de 2015

As Adoradoras do Santíssimo recebem o VI Prêmio de Direitos Humanos Rey de España

Por Eliana Maria (Ir. Gabriela, Obl. OSB)

  
‘O VI Prêmio de Direitos Humanos ‘Rey de España’ foi entregue à Congregação de Religiosas Adoradoras Servas do Santíssimo Sacramento e da Caridade, por seu trabalho em favor das mulheres vítimas do tráfico humano e da violência de gênero.

Em seu discurso, a superiora geral das Adoradoras, Irmã Teresa Valenzuela Albornoz, agradeceu especialmente ‘em nome delas, de tantas mulheres adultas, jovens e até meninas, que, depois de uma dolorosa experiência de exploração, através de um longo processo de acolhimento e de libertação, vivem hoje integradas na sociedade e, em muitos casos, são promotoras e agentes de mudança nas suas realidades familiares e entornos sociais. São mulheres valentes, lutadoras tenazes, que, todos os dias, nos dão lições de resiliência, de capacidade de recuperação, de esperança nas suas possibilidades e nas nossas como sociedade’.

Durante a cerimônia também esteve presente a superiora provincial da congregação na Espanha, Irmã Margarita Navio Sánchez, que recordou que, ‘para desenvolver a nossa missão, é imprescindível a colaboração e o trabalho em rede, tanto com instituições públicas quanto com as organizações da sociedade civil. Estendemos este reconhecimento a todas as instituições e organizações da sociedade civil com as quais cooperamos no dia a dia, unindo forças, criando sinergias e complementando as nossas capacidades em favor das mulheres em situação de maior vulnerabilidade, como é o caso das mulheres vítimas do tráfico humano’.

O rei Felipe VI encorajou nesta semana a luta ‘firme e determinada’ contra as diversas formas de comércio humano e de violência contra jovens e mulheres de todo o mundo, uma prática que o monarca definiu como ‘nova escravidão’ e cuja ‘dimensão transnacional é um desafio a combater’.

Temos em vocês um magnífico exemplo da força de mudança comprometida’, disse o rei da Espanha. ‘A sua voz em prol dos direitos da mulher é a mesma de tantas mulheres que foram privadas dela. Todos nós desejamos que essa voz não se cale, que chegue a muitos ouvidos, que ressoe nas consciências e que chegue aonde for necessário para melhorar sempre a realidade das pessoas mais vulneráveis e desfavorecidas’.

As religiosas Adoradoras nasceram em Madri em 1856 com o carisma específico de contribuir com a ‘libertação, integração pessoal, promoção e reinserção social da mulher vitimada por diversas formas de escravidão, além da denúncia e da análise crítica da realidade’, informou a congregação em comunicado.

O trabalho foca em programas ‘dirigidos a mulheres em situação de vulnerabilidade social, prostituição, vítimas de tráfico humano e de violência doméstica, mães jovens sem apoio, mulheres com problemas de dependência química, mulheres privadas de liberdade e menores em situação de exclusão’.

Para favorecer a recuperação integral e fomentar a autonomia das mulheres, a instituição põe à disposição delas ‘recursos de acolhimento, apoio e assessoria jurídica, psicológica e inserção social e no mundo do trabalho, mediante uma intervenção educativa individualizada em que cada mulher é a protagonista do próprio processo’.

A congregação ajuda, através de 420 projetos, mulheres vítimas de exploração em 23 países da Europa, Ásia, África e América. Só no último ano, as Adoradoras atenderam oito mil mulheres em todo o mundo.


Fonte :
* Artigo na íntegra de http://www.zenit.org/pt/articles/as-adoradoras-do-santissimo-recebem-o-vi-premio-de-direitos-humanos-rey-de-espana
  

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