*Artigo
de Mário Scandiuzzi,
jornalista
‘A palavra
Evangelho é de origem grega e significa a Boa Nova. O Evangelho narra a boa
nova, a vinda de Deus entre os homens, daquele que se fez ‘filho do homem’
para que possamos nos tornar ‘filhos de Deus’.
Antes
de ser escrito, o Evangelho foi anunciado. Assim como o próprio Jesus falou aos
discípulos, estes continuaram a missão depois da morte e ressurreição do
Senhor. E este ensinamento foi escrito a fim de que fosse conservado com
fidelidade.
Mateus,
que se chamava Levi era coletor de impostos antes de ser chamado por Jesus para
segui-lo. Escreveu seu evangelho em aramaico, um dialeto do hebraico, por volta
do ano 60. O texto não foi conservado, mas rapidamente traduzido para o grego.
Mateus escreveu na Palestina para leitores judeus; seu texto tem várias
referências ao Antigo Testamento.
Marcos
é o sobrenome de João, primo de Barnabé, que é citado no livro dos Atos dos
Apóstolos 12, 12. É discípulo de Pedro e acompanhou Paulo em sua primeira
viagem missionária. O Evangelho reflete os ensinamentos de Pedro em Roma pouco
antes do ano 64. Por vários detalhes acredita-se que se trata de um testemunho
direto da vida e da atividade de Jesus. Marcos quer apresentar Jesus aos
pagãos, mostrando o que de havia de extraordinário e de valor de sua missão nos
milagres que realizou.
Lucas
é de origem grega e também foi companheiro nas missões de Paulo. Lucas também é
o autor do Livro dos Atos dos Apóstolos. Embora não tenha sido testemunha dos
fatos, teve o cuidado de documentar seu relato, utilizando-se dos textos de Mateus
e Marcos. Lucas também escreveu aos pagãos, destacando a bondade e a
misericórdia de Jesus.
João
é o apóstolo, irmão de Tiago e filho de Zebedeu. Foi um dos mais próximos do
Mestre e a quem Jesus confiou o cuidado de sua mãe. O texto foi escrito nos últimos
anos do primeiro século, mais de 30 anos depois dos três primeiros. Era
dirigido aos cristãos e buscava mostrar a divindade manifestada aos homens na
pessoa de Jesus. Apresenta-o como ‘a água da vida eterna’, ‘o pão
vivo descido do céu’, ‘a luz do mundo’, ‘o bom pastor’, ‘o
caminho, a verdade e a vida’. João não narrou somente os fatos e discursos
de Jesus, mas também nos deixou sua experiência pessoal junto do Mestre.
Apesar
de serem quatro autores, a Igreja tem vivo o sentimento que se trata de uma só
Boa Nova de salvação, apresentada sob quatro formas : segundo Mateus, segundo
Marcos, segundo Lucas e segundo João.
Os
Atos dos Apóstolos são a sequência do evangelho segundo Lucas, também autor
deste livro. Aqui encontramos o nascimento da Igreja primitiva, a ascensão de
Jesus, o Pentecostes, a conversão de Paulo e suas viagens missionárias pela
Ásia Menor e Grécia. A narrativa mostra ainda a prisão e a transferência de
Paulo para Roma, mas não relata a libertação dele e as viagens antes do
martírio. Na primeira parte os Atos dos Apóstolos falam sobre a influência do
Espírito Santo na formação das primeiras comunidades cristãs. Na segunda parte,
mostra como Paulo, a exemplo de Pedro, é o grande responsável pela entrada de
vários pagãos na Igreja.
A
leitura dos Atos dos Apóstolos é muito importante para uma boa compreensão das
Epístola de São Paulo.’
Fonte
:
* Artigo na íntegra https://pt.aleteia.org/2019/09/22/mes-da-biblia-o-evangelho-e-os-atos-dos-apostolos/
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