Por Eliana Maria (Ir. Gabriela, Obl. OSB)
*Artigo
de Mário Scandiuzzi,
jornalista
‘No
antigo Testamento encontramos 18 livros escritos por profetas : Isaías,
Jeremias, Lamentações, Baruc, Ezequiel, Daniel, Oséias, Joel, Amós, Abdias,
Jonas, Miquéias, Naum, Habacuc, Sofonias, Ageu, Zacarias e Malaquias. Agora
vamos conhecer um pouco mais sobre cada um deles.
Isaías
é considerado como o maior dos profetas de Israel. Exerceu o ministério
profético por cerca de 50 anos. Ele é o profeta da justiça, pregando contra os
ricos e os poderosos, elevando sua voz contra os hipócritas e aqueles que
levavam uma vida fútil. Chama o povo ao arrependimento e à fé. Isaías também se
apresenta como o profeta da consolação e da esperança e apresenta Deus como o
criador e soberano, vencedor do mundo e salvador do seu povo.
Jeremias
era de uma família sacerdotal. Seu livro tem vários episódios que se relacionam
à sua própria atuação e também refletem seus sentimentos, suas lutas interiores
e sofrimentos. De temperamento tímido e hesitante, com um coração ardente e
sensível, se viu obrigado a ser o ‘profeta das desgraças’, já que
anunciava a queda de Jerusalém. Despertou a ira daqueles cujos abusos e pecados
não parava de combater.
O
Livro das Lamentações foi escrito durante os anos que se seguiram à destruição
de Jerusalém, no ano de 586 a. C. Era lido todos os anos na comunidade judaica
no dia do aniversário da destruição do templo e tinha como objetivo levar os
ouvintes a reconhecer as próprias faltas e renovar a esperança na misericórdia
de Deus.
Baruc
– os historiadores acreditam que não se trata do mesmo personagem que serviu de
secretário a Jeremias, embora tenha o mesmo nome. O livro pode ser dividido em
duas partes. A primeira é uma exortação à penitência. A segunda fala da
sabedoria como único meio de se chegar a Deus e também sobre coragem,
resignação e esperança. Uma carta de Jeremias aos cativos foi acrescentada ao
livro e parece ser uma paráfrase do capítulo 10 de Jeremias contra a idolatria.
Ezequiel
– quando Jerusalém foi tomada pela primeira vez por Nabucodonosor em 599
a.C., rei, os grandes do reino, chefes das empresas e 7 mil guerreiros
foram deportados para a Babilônia. Sob a influência dos pagãos, eles se
deixaram corromper e passaram a praticar ritos de idolatria. Foi neste cenário
que surgiu Ezequiel, anunciando a destruição de Jerusalém. Depois deste fato,
houve uma nova deportação e o número de exilados aumentou. A partir de então, o
profeta passou a exaltar o novo Pastor do povo de Deus, anunciando a
ressurreição de Israel e a restauração do Templo.
Daniel
é um israelita levado à Babilônia entre os deportados por Nabucodonosor. Jovem
com uma fé inabalável e um grande sentimento de patriotismo, Daniel não é
o autor do livro, mas figura como seu herói principal. Neste livro predomina a
ideia da expectativa da vinda do reino de Deus, reino que será proclamado e
realizado por Jesus.
O
profeta Oséias narra as infidelidades de Israel para com Deus. Ele foi o
primeiro profeta a comparar a união de Deus com o seu povo com um noivado.
Joel
profetizou no reino de Judá e também em Jerusalém, de onde é originário. Ele
destaca o conhecimento do culto, o amor do povo e a cultura religiosa que se
espera num membro da classe sacerdotal.
Amós
era pastor em uma localidade vizinha a Belém. Ele denuncia as injustiças
sociais que devastam a Samaria, como opressão dos pobres e corrupção de juízes.
A perspectiva do Messias é descrita como uma grande prosperidade agrícola.
Abdias
profetizou na época do exílio e se dirigia principalmente a Edom, para que não
se alegrasse com a ruína de Jerusalém; a vingança de Deus vai atingi-la da
mesma foram que outras nações pagãs.
Jonas
– livro colocado entre os profetas porque narra as aventuras de um profeta com
este nome. Muitos estudiosos ler este livro como um ensinamento religioso
velado, em forma de parábola. Jonas enviado a Nínive para pregar significa que
Deus chama todos ao perdão, e não somente os judeus.
Miquéias
era originário de uma aldeia vizinha a Hebron e foi contemporâneo de Isaías.
Profetizou a ruína da Samaria e anunciou ao reino de Judá um castigo semelhante.
Naum
– profeta de origem desconhecida, descreveu o julgamento divino que se exerce
no mundo.
Sofonias
é um profeta justiceiro que anuncia do dia do Senhor sob a figura de um
sacrifício ritual em que todos serão castigados, salvo os que praticam a
justiça, a humildade e a obediência à Lei de Deus.
Habacuc
é um profeta filósofo e um dos primeiros israelitas a pensar no problema do
mal. A solução proposta por ele é que Deus, no final, salvará o justo.
Ageu
é mencionado no livro de Esdras (5,1 e 6,4). Exerceu o ministério em Jerusalém,
por volta do ano 520, quando o templo era reconstruído.
Zacarias
é contemporâneo de Ageu e prega uma reforma moral e ao mesmo tempo exorta o
povo a reconstruir o templo.
Malaquias
fala do amor de Deus por seu povo e explica que o comportamento humano impede
que o Criador seja mais generoso em bênçãos, denunciando as negligências no
ministério sacerdotal, a falta de respeito à santidade matrimonial e a falta de
comprometimento no pagamento do dízimo.’
Fonte
:
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