*Artigo
de Felipe Magalhães Francisco,
Mestre
em Teologia, pela Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia.
Coordena
a Comissão Arquidiocesana de Publicações,
da
Arquidiocese de Belo Horizonte.
‘O mês de agosto é
dedicado às vocações, na Igreja Católica. Ao longo das quatro semanas desse
mês, as comunidades de fé refletirão sobre os serviços na vida da Igreja. As
diversas vocações na Igreja revelam seu pluralismo e a riqueza dos dons, no
exercício pastoral. É preciso, contudo, estar sempre atento a essa pluralidade,
percebendo que as vocações não se restringem ao clero ou aos religiosos, mas
todos somos chamados a realizar nossa vocação batismal no seio da comunidade,
para a transformação do mundo.
Refletir sobre as
vocações é importante, ainda, para percebermos que todos somos vocacionados
para além dos serviços eclesiais: somos vocacionados à vida de comunhão, isto
é, à salvação. Pois, só assim, realizamos a vocação de toda criatura, louvar o
seu Criador, tal como nos inspira o Salmo 150: ‘[...] todo ser vivo louve o Senhor’ (v. 5). Nesse sentido é que
preparamos esta matéria especial sobre as vocações.
Propondo-nos uma
leitura bíblica da vocação, a qual nos ajuda a perceber a vocação humana para a
filiação divina, o primeiro artigo, Vocação : o específico da existência diante
de Deus, do Prof. Dr. Geraldo De Mori, da Faculdade Jesuíta de Filosofia e
Teologia, oferece uma leitura das vocações para além dos serviços e carismas na
Igreja, sem desconsiderá-los. Compreender o fundamental da vocação cristã é
caminho para o discernimento dos serviços e ministérios que assumimos na vida
da Igreja.
O segundo artigo
que propomos é o Vocacionados à realização de nossa humanidade, no qual
refletimos sobre o chamado humano para que viva plenamente sua humanidade, como
condição de possibilidade para participação na vida divina. Esse processo é
trinitário : Jesus se configura verdadeiro paradigma para a realização de nossa
humanidade e o seu Espírito é o que nos torna capazes de vivê-la,
integrando-nos à vida do Filho, para que alcancemos o coração do Pai.
Uma vez que
entramos no processo de discernimento e de escuta, comprometendo-nos a assumir
o chamado de uma vida filial de comunhão, é preciso refletir sobre a responsabilidade
que advém dela. Nesse sentido, o terceiro artigo de nossa matéria, Designou-me
para o seu serviço, do Pe. Rodrigo Ferreira da Costa, propõe-nos uma leitura da
vocação a partir da ideia de serviço, dado a nós pelo próprio Senhor, e que
nasce de nossa experiência batismal.’
Fonte :
* Artigo na íntegra
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