Por Eliana Maria
(Ir. Gabriela, Obl. OSB)
‘São Sebastião era um soldado
romano que foi martirizado por professar e não renegar a fé em Cristo Jesus.
Sua história é conhecida somente pelas atas romanas de sua condenação e
martírio. Nessas atas de martírio de cristãos, os escribas escreviam dando
poucos detalhes sobre o martirizado e muitos detalhes sobre as torturas e
sofrimentos causados a eles antes de morrerem. Essas atas eram expostas ao
público nas cidades com o fim de desestimular a adesão ao cristianismo.
São Sebastião, soldado romano e cristão
São Sebastião nasceu
na cidade de Narbona, na França, em 256 d.C. Seu nome de origem grega, Sebastós,
significa divino, venerável. Ainda pequeno, sua família mudou-se para Milão, na
Itália, onde ele cresceu e estudou. Sebastião optou por seguir a carreira
militar de seu pai.
No exército romano,
chegou a ser Capitão da 1ª da guarda pretoriana. Esse cargo só era ocupado por
pessoas ilustres, dignas e corretas. Sebastião era muito dedicado à carreira,
tendo o reconhecimento dos amigos e até mesmo do imperador romano Maximiano. Na
época, o império romano era governado por Diocleciano, no oriente, e por
Maximiano, no ocidente. Maximiano não sabia que Sebastião era cristão. Não
sabia também que Sebastião, sem deixar de cumprir seus deveres militares,
não participava dos martírios nem das manifestações de idolatria dos romanos.
Por isso, São
Sebastião é conhecido por ter servido a dois exércitos : o de Roma e o de
Cristo. Sempre que conseguia uma oportunidade, visitava os cristãos presos,
levava uma ajuda aos que estavam doentes e aos que precisavam.
Missionário no exército romano
De acordo com Atos
apócrifos atribuídos a Santo Ambrósio de Milão, Sebastião teria se
alistado no exército romano já com a única intenção de afirmar e dar força ao
coração dos cristãos, enfraquecidos diante das torturas.
Martírio de São Sebastião
Ao tomar conhecimento
de cristãos infiltrados no exército romano, Maximiano realizou uma caça a esses
cristãos, expulsando-os do exército. Só os filhos de soldados ficaram obrigados
a servirem o exército. E este era o caso do Capitão Sebastião. Para os outros
jovens a escolha era livre. Denunciado por um soldado, o imperador se sentiu
traído e mandou que Sebastião renunciasse à sua fé em Jesus Cristo. Sebastião
se negou a fazer esta renúncia. Por isso, Maximiano mandou que ele fosse morto
para servir de exemplo e desestímulo a outros. Maximiano, porém, ordenou que
Sebastião tivesse uma morte cruenta diante de todos. Assim, os arqueiros
receberam ordens para matarem-no a flechadas. Eles tiraram suas roupas, o
amarraram num poste no estádio de Palatino e lançaram suas flechas sobre ele.
Ferido, deixaram que ele sangrasse até morrer.
Recuperação
Irene, uma cristã
devota, e um grupo de amigos, foram ao local e, surpresos, viram que Sebastião
continuava vivo. Levaram-no dali e o esconderam na casa de Irene que cuidou de
seus ferimentos.
Segundo martírio de São Sebastião
Depois de curado,
Sebastião continuou evangelizando e se apresentou ao imperador Maximiano, que
não atendeu ao seu pedido. Sebastião insistia para que ele parasse de perseguir
e matar os cristãos. Desta vez o imperador mandou que o açoitassem até morrer e
depois fosse jogado numa fossa, para que nenhum cristão o encontrasse. Porém,
após sua morte, São Sebastião apareceu a Lucina, uma cristã, e disse que ela
encontraria o corpo dele pendurado num poço. Ele pediu para ser enterrado nas
catacumbas junto dos apóstolos.
Sepultamento
Alguns autores
acreditam que Sebastião foi enterrado no jardim da casa de Lucina, na Via Ápia,
onde se encontra sua Basílica. Construíram, então, nas catacumbas, um templo,
a Basílica de São Sebastião. O templo existe até hoje e recebe
devotos e peregrinos do mundo todo.
Devoção a São Sebastião
Tal como São Jorge,
Sebastião foi um dos soldados romanos mártires e santos, cujo culto nasceu no
século IV e que atingiu o seu auge nos séculos XIV e XV, tanto na Igreja
Católica como na Igreja Ortodoxa. São Sebastião é celebrado no dia 20 de
janeiro. Existe também uma capela em Palatino, com uma pintura que mostra Irene
tratando das feridas de Sebastião. Irene também foi canonizada e sua festa é no
dia 30 de março.
Oração a São Sebastião
São Sebastião glorioso mártir de Jesus Cristo e poderoso advogado contra
a peste, defendei a mim, minha família e todo o país do terrível flagelo da
peste e de todos os males para que servindo a Jesus Cristo alcancemos a graça
de participar de vossa Glória no céu. Amém.’
Fonte : *Artigo na íntegra
https://cruzterrasanta.com.br/historia-de-sao-sebastiao/162/102/
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