segunda-feira, 30 de outubro de 2023

Com o olhar dirigido ao céu

Por Eliana Maria (Ir. Gabriela, Obl. OSB)

*Artigo de Dom Jaume Pujol

‘São muitos os artistas que representaram, com seus pincéis, a maior das esperanças cristãs : habitar um dia na glória de Deus, por toda a eternidade.

Lembro do impacto produzido em mim ao contemplar a Glória de Bernini, em São Pedro, e, certamente, a pintura de Michelangelo no teto da Capela Sistina. Também na Basílica del Pilar, de Zaragoza (Espanha), ao levantar os olhos, encontrei-me diante do afresco de Goya, intitulado ‘A adoração do nome de Deus’, mas conhecido como ‘A Glória’.

Pensar na vida eterna, para um cristão, não é um exercício de espiritismo, nem entregar-se à ilusão do irreal em busca de um consolo fácil. É meditar nas palavras de Jesus Cristo sobre a vida futura de cada pessoa. É levar em consideração que, junto à nossa realidade visível e finita, há outra invisível, mas não por isso menos certa.

Não temos a experiência deste momento, mas temos a palavra de Deus, Criador e Redentor, que não pode falhar; e esta palavra é mais verdadeira que todas as nossas certezas, que, sem Ele, não seriam.

Nos próximos dias, de forma consecutiva, a Igreja dedicará duas celebrações a esta crença na imortalidade da alma : a festa de Todos os Santos e o dia de Finados. A comemoração desta última festividade começou há mais de mil anos.

Naquela época, a abadia de Cluny tinha uma importância enorme. Encontrava-se à cabeça de mais de 1.100 mosteiros beneditinos estabelecidos sobretudo na Europa Ocidental. Ela recebia tantas petições de sufrágios pelos defuntos – costume de sempre da Igreja –, que decidiu estabelecer um ‘dia dos defuntos’, no qual as Missas e orações seriam oferecidas por todos eles em conjunto. Em 2 de novembro de 998, começou a celebração que depois se estendeu a toda a Igreja.

Nesse dia, rezamos e oferecemos sufrágios pelos nossos familiares falecidos, pelas pessoas por quem temos sentimentos de amor e gratidão. E também elevamos orações, unindo-nos ao sacrifício de Cristo, que se renova em cada Missa, por todos – inclusive por aqueles de quem ninguém se lembra –, para que estejam logo no céu, desfrutando da presença de Deus.

Antes disso, celebraremos a festa de Todos os Santos. Nela, dirigimos nosso pensamento aos que já desfrutam da glória celestial. Alguns deles são honrados publicamente pela Igreja como beatos ou santos.

A imensa maioria é composta por santos anônimos, crianças, jovens, adultos e idosos, leigos, padres ou religiosos que morreram e viveram na graça de Deus, fiéis à sua vontade e fazendo das suas vidas um serviço aos outros.

É uma boa oportunidade para que nos perguntemos se pensamos com frequência no céu, no sentido mais profundo da vida, na grande esperança de uma felicidade que não terá fim.’

 

Fonte : *Artigo na íntegra

https://pt.aleteia.org/2013/10/25/com-o-olhar-dirigido-ao-ceu/


Nenhum comentário:

Postar um comentário