Por Eliana Maria (Ir. Gabriela, Obl. OSB)
jornalista
‘Bandos
terroristas islâmicos aumentaram os raptos de crianças e mulheres em
Moçambique, denunciou a fundação pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (AIS). De
acordo com o testemunho de um missionário à entidade, as crianças sequestradas
são forçadas a servir militarmente os bandidos e a tornar-se terroristas como
eles.
O
fenômeno se estende pela província de Cabo Delgado, que começou a ser tomada
pelo terrorismo em 2017. A violência na região já deixou mais de 3 mil mortos e
provocou a fuga de mais de 850 mil cidadãos.
Uma
religiosa cujo anonimato foi respeitado confirmou à fundação pontifícia, no
início de fevereiro, que vem sendo perpetrado na região ‘o rapto sistemático
de pessoas que se encontram nas aldeias, principalmente mulheres e mães com
suas próprias crianças’.
Os
Médicos sem Fronteiras, na sua missão de Cabo Delgado, corroboram os relatos de
sequestros, como o de sete crianças, ocorrido em fevereiro, que provavelmente
foram forçadas a lutar como membros dos grupos terroristas islâmicos.
De
acordo com a agência Gaudium Press, abundam depoimentos semelhantes.
O
frei Boaventura, do Instituto da Fraternidade dos Pobres de Jesus, também
afirmou que os terroristas que invadem as aldeias da região ‘levam as
mulheres, levam as crianças, que acabam sendo treinadas nesses lugares, acabam
sendo doutrinadas e vivem aquilo que eles veem lá onde estão, no mato, ou nas
áreas onde se concentram para fazer os seus treinos’.
A
diocese católica mais atingida pela violência em Cabo Delgado é a de
Pemba, cujo porta-voz, padre Kwiriwi Fonseca, relatou que é comum, nas visitas
aos cidadãos deslocados de seus vilarejos, ouvir relatos das próprias mães que
confirmam os sequestros de seus filhos. Segundo o padre, as crianças que caem ‘nas
mãos dos terroristas’ acabam sendo obrigadas a tornar-se soldados dos
grupos terroristas. Ele acrescenta : ‘Também ensinam a elas a doutrina
islâmica’.
No
caso das mulheres sequestradas, o destino costuma ser o casamento forçado com
os terroristas.’
Fonte : *Artigo na íntegra
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