‘Este domingo, 22 de outubro, dia em que as Igrejas Orientais
recordam ‘o despertar dos Santos Sete
Jovens Dormentes de Éfeso’, os amigos do Mosteiro sírio de Mar Musa -
cristãos e muçulmanos - encontraram-se pelo segundo ano consecutivo para ‘rezar pela conversão dos perseguidores,
daqueles que usam a violência contra mulheres e homens que têm uma fé ou uma
opinião diferente’.
Uma união fortalecida pelo encorajamento recebido no ano passado
do Papa Francisco, ‘em modo especial à
oração silenciosa que sobe das grutas mais escuras e prisões onde estão ainda
hoje tantos fiéis’.
‘O significado desta festa
- explicaram os organizadores da iniciativa - nos leva a refletir sobre as
perseguições que os fiéis de todas as religiões hoje sofrem no mundo, assim
como a nos unir em oração por eles, muitas vezes silenciosa, como aquela
expressa no ‘sono’ dos companheiros da gruta, capazes de transformar os
corações dos perseguidores, de aliviar os sofrimentos dos ‘aprisionados’,
afastando o ódio e o desejo de vingança, de converter o mundo à paz, à
reconciliação e ao diálogo’.
A memória dos Santos Sete Jovens Dormentes de Éfeso recorre no
martirológio romano em 27 de julho e em muitas coleções de hagiografias
ortodoxas em 4 de agosto.
A comemoração é cara também aos muçulmanos, tanto que a sura 18
do Alcorão (9-27) - intitulada ‘da gruta’
- narra precisamente a história destes jovens dormentes.
Segundo a tradição, na metade do século III, para fugir das
perseguições, sete jovens cristãos se refugiaram em uma caverna no Monte Okhlonos,
nas proximidades de Éfeso, onde se dizia estar o túmulo de Maria Madalena, para
pedir a sua proteção.
Ao serem descobertos, o Imperador Décio (249-251) deu ordens
para que fosse lacrada a entrada da caverna com pedras, para que os jovens
morressem de fome e de sede.
Dois séculos mais tarde, eles despertaram milagrosamente do sono
com seus corpos intactos, testemunhando assim a ressurreição final que os fiéis
terão.
O culto a eles propagou-se em muitas regiões ao redor do
Mediterrâneo, quer cristãs como muçulmanas.
Hoje existem peregrinações inter-religiosas a lugares santos
compartilhados, por meio das quais - dizem os amigos do mosteiro sírio - ‘se pode iniciar a construir uma linguagem
comum para encontrar-se e compreender-se reciprocamente’, rezando ‘pelas vítimas de perseguições, os ‘dormentes
de hoje’, em qualquer gruta, por causa de sua fé’.’
Fonte :
* Artigo na íntegra http://br.radiovaticana.va/news/2017/10/23/crist%C3%A3os_e_mu%C3%A7ulmanos_rezam_pela_convers%C3%A3o_de_perseguidores/1344571
Nenhum comentário:
Postar um comentário