*Artigo
do Padre Geovane Saraiva,
jornalista,
colunista e pároco
de
Santo Afonso de Fortaleza, CE
Fazer
a diferença, na vivência do amor, a ponto de amar os inimigos, ‘sendo misericordiosos, como também o vosso
Pai é misericordioso’, é o chamado para o seguidor de Jesus de Nazaré. Ele
é chamado a uma mentalidade cristã, porque foi, de verdade, iluminado pela luz
do Evangelho, distinguindo-se pela caridade e pelo perdão, numa radical mudança
de mentalidade, pensamento e sentimento.
A
necessidade de amor mútuo e de reconciliação, por parte dos cristãos, para que
a paz possa reinar, vemo-la nos sinais de esperança. Ela é real quando do amor
pelos inimigos e da oração por aqueles que nos perseguem, na plena confiança em
Deus, que, na sua misericórdia infinita, não só exige amor, mas nos assegura o
genuíno amor, naquilo que é impossível, fazendo-o possível.
Jesus,
que conhece o íntimo do coração das pessoas feridas pelo pecado, e também os
estigmas de vingança, quer, apesar de tudo, revelar seu perdão, não como um dom
reservado aos bons e santos, mas sim como um compromisso e um dever dos seus
seguidores, evidentemente numa busca de profunda conversão, tendo como cerne a
proposta desafiadora, no seu programa tão coerente quanto abrangente.
Nunca
devemos prescindir da imagem do apóstolo Paulo : a do homem celestial (1 Cor
15, 49), com plena glória, mas com seu início nesta vida do aqui e agora. Que
Deus nos convença, sempre mais, de que, pelo batismo, a criatura humana é
vivificada na graça do Espírito Santo, que quer afastar o velho pecado de Adão,
ao se manifestar e resplandecer nas ações humanas. Assim seja!’
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