sábado, 2 de março de 2019

Relações humanizadas

Por Eliana Maria (Ir. Gabriela, Obl. OSB)

 O amor e o perdão devem ser compromissos de todo cristão.
*Artigo do Padre Geovane Saraiva,
jornalista, colunista e pároco
de Santo Afonso de Fortaleza, CE



Fazer a diferença, na vivência do amor, a ponto de amar os inimigos, ‘sendo misericordiosos, como também o vosso Pai é misericordioso’, é o chamado para o seguidor de Jesus de Nazaré. Ele é chamado a uma mentalidade cristã, porque foi, de verdade, iluminado pela luz do Evangelho, distinguindo-se pela caridade e pelo perdão, numa radical mudança de mentalidade, pensamento e sentimento.

A necessidade de amor mútuo e de reconciliação, por parte dos cristãos, para que a paz possa reinar, vemo-la nos sinais de esperança. Ela é real quando do amor pelos inimigos e da oração por aqueles que nos perseguem, na plena confiança em Deus, que, na sua misericórdia infinita, não só exige amor, mas nos assegura o genuíno amor, naquilo que é impossível, fazendo-o possível.

Jesus, que conhece o íntimo do coração das pessoas feridas pelo pecado, e também os estigmas de vingança, quer, apesar de tudo, revelar seu perdão, não como um dom reservado aos bons e santos, mas sim como um compromisso e um dever dos seus seguidores, evidentemente numa busca de profunda conversão, tendo como cerne a proposta desafiadora, no seu programa tão coerente quanto abrangente.

Nunca devemos prescindir da imagem do apóstolo Paulo : a do homem celestial (1 Cor 15, 49), com plena glória, mas com seu início nesta vida do aqui e agora. Que Deus nos convença, sempre mais, de que, pelo batismo, a criatura humana é vivificada na graça do Espírito Santo, que quer afastar o velho pecado de Adão, ao se manifestar e resplandecer nas ações humanas. Assim seja!’


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