*Artigo
de Rodolfo Medeiros,
colunista do blog Acadêmicos Arautos
De
fato, na Quarta-feira de Cinzas a Igreja nos convida à mudança de vida, uma
conversão, abandonando tudo aquilo que nos afasta de Deus, ou seja o pecado, e
a abraçarmos a prática das virtudes, dos mandamentos divinos.
A
imposição das cinzas simboliza que tudo nessa vida é passageiro, e que devemos
nos concentrar em alcançar aquilo que não passará nunca : a bem-aventurança
eterna.
Por
isso, aconselha-nos a Igreja um dia de jejum e abstinência, para nos ajudar a
mortificar a carne e elevar o espírito às realidades celestes, as quais muitas
vezes deixamos de lado. Entretanto, essa mortificação corporal também é um
símbolo de algo maior e mais profundo, a mortificação da alma.
Com
efeito, existem outras formas de jejum muito mais agradáveis a Deus do que a do
alimento, por exemplo, o jejum das palavras. Quantas pessoas passam o dia todo
falando de si mesmas, de suas qualidades, ou até mesmo de seus problemas… Que
tal aproveitar esse período da Quaresma para mortificar o orgulho e a vaidade?
Outras
não falam de si, mas sim dos outros, mas são sempre críticas, maledicências e
muitas vezes até calúnia… A Quaresma pode ser uma excelente ocasião para
ressaltarmos em público as qualidades dos outros.
Isso
sem dúvida exige esforço e paciência consigo mesmo, pois mudanças como essas
não se fazem do dia para a noite. Mas cumpre começar logo, e Deus nos ajudará.
Sendo
Mãe, a Igreja ao mesmo tempo que nos pede um sacrifício – pequeno em comparação
com o que Jesus sofreu por nós – Ela nos promete nesse período uma assistência
especial do Espírito Santo. Basta darmos o primeiro passo, derramarmos a
primeira gota de sangue, e quando menos esperarmos teremos alcançado a cura de
um vício, de um defeito que há muito tempo carregávamos. É uma das coisas que
podemos oferecer a Deus nesta Quaresma.’
Fonte
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