‘Tanto os fiéis de tradição constantinopolitana como os de
tradição romana conservaram, para o dia 6 de janeiro, uma festa cristológica
muito antiga, a primeira em que se sintetizavam todos os mistérios do Senhor ao
manifestar-se ao mundo. Mas quando no século IV, a data do nascimento do Senhor
foi colocada no dia 25 de dezembro, por iniciativa romana, e logo em seguida
aceita também pelos orientais, o conteúdo da festa do 6 de janeiro se
diversificou. Para os católicos latinos o dia 6 de janeiro é o dia da Epifania,
a manifestação de Cristo «luz das nações»
considerada a partir da vinda dos Reis Magos em Belém. Esse evento, para os
cristãos bizantinos, está incluído na comemoração global do dia 25 de dezembro.
Ao passo que no dia 6 de janeiro eles celebram a ‘Santa Teofania’ do Deus que se encarnou. É a segunda manifestação
do Salvador, no início de sua vida pública, por ocasião do seu batismo no rio
Jordão, que se deu num contexto trinitário, em que Deus Pai fez ouvir sua voz e
o Espírito Santo apareceu em forma de pomba.
Era um dia em que os
catecúmenos recebiam solenemente o batismo, como na Páscoa. Os textos
litúrgicos da festa da Teofania resumem bem os mistérios fundamentais da fé
cristã : encarnação do Verbo, com muitas alusões ao nascimento, e a unidade de
Deus na Trindade.’
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