‘A devoção a São
Cristóvão é uma das mais antigas e populares da Igreja, tanto do Oriente como
do Ocidente. São centenas de igrejas dedicadas a ele em todos os países do
mundo. Também não faltam irmandades, patronatos, conventos e instituições que
tomaram o seu nome, para homenageá-lo. Ele consta da relação dos ‘quatorze santos auxiliadores’ invocados
para interceder pelo povo nos momentos de aflições e dificuldades. Assim, o
vigor desta veneração percorreu os tempos com igual intensidade e alcançou os
nossos dias da mesma maneira.
Entretanto são
poucos os dados precisos sobre sua vida. Só se tem conhecimento comprovado de
que Cristóvão era um homem alto e musculoso, extremamente forte. Alguns
escritos antigos o descrevem como portador de ‘uma força hercúlea’. Pregou na Lícia e foi martirizado, a mando do
imperador Décio, no ano 250. Depois disso, as informações fazem parte da
tradição oral cristã, propagada pela fé dos devotos ao longo dos tempos, e que
a Igreja respeita.
Ela nos conta que
seu nome era Réprobo e que nasceu na Palestina. Como um verdadeiro gigante
Golias, não havia quem lhe fizesse frente em termos de força física. Assim, só
podia ter a profissão que tinha : guerreiro. Aliás, era um guerreiro indomável
e invencível. A sua simples presença era garantia de vitória para o exército do
qual participasse.
Conta-se que,
estando cansado de servir aos caprichos de um e outro rei, apenas porque fora
contratado para lutar em seu favor, foi procurar o maior e mais poderoso de
todos, para servir somente a este. Então, ele se decidiu colocar a serviço de
satanás, pois não havia quem não se curvasse de medo ao ouvir seu nome.
Mas também se
decepcionou. Notou que toda vez que seu chefe tinha de passar diante da cruz,
mudava de caminho, evitando o encontro com o símbolo de Jesus. Abandonou o anjo
do mal e passou, então, a procurar o Senhor. Um eremita o orientou a praticar a
caridade para servir ao Todo Poderoso como desejava, então ele abandonou as
armas imediatamente. Integrou-se a uma instituição de caridade e passou a
ajudar os viajantes. De dia ou de noite, ficava às margens de um rio onde não
havia pontes e onde várias pessoas se afogaram por causa da profundidade,
transportando os viajantes de uma margem à outra.
Certo dia, fez o
mesmo com um menino. Mas conforme atravessava o rio, a criança ia ficando mais
pesada e só com muito custo e sofrimento ele conseguiu depositar com segurança
o menino na outra margem. Então perguntou : ‘Como pode ser isso? Parece que carreguei o mundo nas costas’. O
menino respondeu : ‘Não carregou o mundo,
mas sim seu Criador’. Assim Jesus se revelou a ele e o convidou a ser seu
apóstolo.
O gigante mudou
seu nome para Cristóvão, que significa algo próximo de ‘carregador de Cristo’, e passou a peregrinar levando a palavra de
Cristo. Foi à Síria, onde sua figura espetacular e nada normal chamava a
atenção e atraía quem o ouvisse. Ele, então, falava do cristianismo e convertia
mais e mais pessoas. Por esse seu apostolado foi denunciado ao imperador Décio,
que o mandou prender. Mas não foi nada fácil, não por causa de sua força
física, mas pelo poder de sua pregação.
Os primeiros
quarenta soldados que tentaram prendê-lo converteram-se e por isso foram todos
martirizados. Depois, quando já estava no cárcere, mandaram duas mulheres,
Nicete e Aquilina, à sua cela para testar suas virtudes. Elas também
abandonaram o pecado e batizaram-se, sendo igualmente mortas. Foi quando o
tirano, muito irado, mandou que ele fosse submetido a suplícios e em seguida o
matassem. Cristóvão foi, então, flagelado, golpeado com flechas, jogado no fogo
e por fim decapitado.
São Cristóvão é
popularmente conhecido como o protetor dos viajantes, assim como dos motoristas
e dos condutores.’
Fonte :
* Artigo na íntegra http://domtotal.com/noticia/1174018/2017/07/conheca-a-vida-de-sao-cristovao-padroeiro-dos-motoristas/
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