Dia 30 de dezembro se comemora o dia da Sagrada
Família, que se compõe de Jesus Maria e José.
Tanto se falou sobre ela, porém, nunca se
esgotarão palavras e textos para enaltecer tão majestosas pessoas.
Alegra-te ó cheia de graça, o Senhor é contigo.
Anunciando-lhe que haveria de dar à luz um filho, (concebido pelo Espírito
Santo de Deus) e que se chamaria Emmanuel ( Deus conosco). Maria, exemplo de
obediência plena, até o fim, disse sim para a vinda de Jesus. Também creu
quando, em seu colo, reposou o corpo dilacerado e inerte do Deus homem, sem
nenhum gesto de afetação, pois já guardara as palavras de Simeão quando lhe
disse que a espada da dor lhe traspassaria o peito pela salvação do mundo.
A José, da linhagem de David, fora dada a
oportunidade de acreditar nas palavras de sua prometida Maria, de que estava
gestando o filho de Deus por ação do Espírito Santo. A ele também fora
atribuída uma oblação: a de ser pai de Jesus, crendo na sua concepção divina;
nada fácil para os costumes e tradições da época, mas José obedeceu após a
visita do anjo do Senhor que lhe confirma ser verdadeira a afirmação de Maria.
E, sem mais desconfiança, tomou seu encargo e foi o pai humano de Jesus, certamente
um bom companheiro em seu ofício de carpinteiro.
Assim, esses dois jovens, Maria e José,
escolhidos por Deus e aceitando, humildemente, seu duro encargo, presentearam
os povos de todas as nações com o Menino Jesus. E, enfrentando todos os empecilhos,
(desde a desconfiança que recaia sobre a fidelidade de Maria ao noivo, o
nascimento de Jesus em um estábulo, porque não lhe forneceram hospedaria, na
fuga do Egito, até o perigo do recenseamento, pelo Rei Herodes que mandara
exterminar todas as crianças de até dois anos de idade).
A Sagrada Família levava consigo o Filho de
Deus, Jesus feito homem, que viera ao mundo para viver sob o signo da
perseguição. Esse jovem casal criou nosso Salvador com obediência, fé,
perseverança e confiança nos desígnios do Pai. José morre antes de ver seu
filho crucificado. Maria, mais agraciada, colheu em seus braços o filho morto.
Mas teve a grande ventura de vê-lo ressuscitar dos mortos para júbilo de todos.
Essa venerável família nos ensinou a disciplina
espiritual necessária, haurida pela obediência à Sagrada Palavra, para o
adquirirmos conhecimento de como seguir a Cristo Jesus. Nos ensinou o
imprescindível silêncio e aquietação do espírito para a oração, a simplicidade,
para escutarmos e aprender como vivenciar uma vida verdadeiramente interior em
família.
A Família de Nazaré nos deixa a lição de como
viver na comunhão, no amor, no trabalho simples e profícuo, com a nobreza dos
escolhidos para criar o Filho de Deus. Se seguirmos os exemplos Sagrada
Família, haveremos de perseverar na esperança falada pelo Papa Paulo VI, (As
lições de Nazaré - pronunciada em 5 de janeiro de 1964 (In Liturgia das Horas,
pg.383/383 vol.I).
Essa é uma pequena parte da história da
salvação, que com certeza não cabe nessa página, mas cabe no coração do homem
de boa vontade, que aguarda a parusia,
a nova vinda de Jesus, que ressurgirá em esplendor, mostrando sua face a todo o
povo de Deus. E nesse dia, o homem com ele será feliz na vida eterna prometida.