Por Rafael Marra
O Evangelho de Jesus Cristo nos dá testemunho vivo de que a fé é o grande e mais vigoroso instrumento com o qual Deus nos agraciou, para vivermos e estar próximos Dele em toda a nossa existência.
Para aprender sobre o que significa a fé e experimentar o seu conteúdo, não podemos prescindir do que nos foi ensinado pela mais segura fonte : o testemunho do Filho de Deus, Nosso Senhor Jesus Cristo.
No Evangelho de São Matheus, Capitulo 21, 18-22, encontramos a
afirmação de Jesus aos seus discípulos, que eles podiam pedir qualquer coisa.
afirmação de Jesus aos seus discípulos, que eles podiam pedir qualquer coisa.
Nessa passagem do Evangelho, para que o ensinamento de Jesus sobre a fé pudesse ser ministrado, outro fato lhe antecede.
"Jesus, voltando para a cidade, de manhã, teve fome. Avistando uma figueira perto do caminho, dirigiu-se a ela e não achou senão folhas. E disse-lhe: "Nunca mais nasça fruto de ti". E a figueira secou imediatamente.
E os discípulos, vendo acontecer esta secagem imediata, não tardaram a indagar ao seu Mestre dizendo: "como secou imediatamente a figueira?"
Jesus, porém, respondendo, disse-lhes: "Em verdade vos digo que, se tiverdes fé e não duvidardes, não só fareis o que foi feito à figueira, mas até se a este monte disserdes: Ergue-te e precipita-te no mar, assim será feito. E tudo o que pedires na oração, crendo, o recebereis"".
A mesma passagem Bíblica é anunciada no Evangelho de São Marcos, no Cap. 11, 20-24, quando Pedro, dizendo a Jesus que a figueira que almadiçoou secara, Jesus respondeu-lhe:
"Tendes fé em Deus, porque em verdade vos digo que, qualquer que disser a este monte: Ergue-te e Lança-te ao mar, e não duvidardes em seu coração, mas crer que se fará aquilo que diz, tudo o que disser lhe será feito. Por isso, vos digo que, tudo o que pedirdes, orando, credes que o recebereis e tê-lo-eis".
A passagem bíblica em que Jesus acalma a tempestade no mar, quando seus discípulos estão em desespero, temendo a morte, não somente os ensina a confiança com deve ser exercitada a fé, pois dormia na polpa do barco, enquanto a tempestade açoitava e o mar bramia. E, com toda tranqüilidade, dá ordem de silêncio ao mar, que imediatamente deixa o agito dando lugar à calmaria, para alívio dos discípulos. Mas Jesus os indaga: "Ainda não tendes fé? Porque temeis, homens de pequena fé?" (Mc. 4, 35-41); (Mt . 8,23-26); (Lc. 8,23-25).
Havemos de perguntar : de que instrumento devemos nos utilizar para chegarmos ao exercício da fé?
Pelas palavras do Evangelho, proferidas por Jesus, esse instrumento, - que é mais que instrumento, pois é via - é a oração no coração.
Assim, a fé, concretizada pela oração confiante, sem dúvidas, mesmo que razoáveis, move montanhas.
Apenas para ilustrar a grandeza da fé, há uma passagem no Corão, livro sagrado dos Muçulmanos, relata que Maomé, o amado do Islã, certa vez ordenou que uma montanha se movesse do lugar onde estava.
Não temos a pretensão de examinar a assertiva do Corão.
Mas, se transportássemos a ocorrência lá narrada, para os testemunhos dos Apóstolos de Jesus Cristo, poderíamos afirmar que também a Maomé fosse possível a concessão da graça da oração, com fé, em face de uma exegese da expressão utilizada no Evangelho de S. Marcos, ( 11, 23), quando Jesus diz que, “qualquer que disser a este monte: Ergue-te e Lança-te ao mar, e, se não duvidardes em seu coração, mas crer que se fará aquilo que diz, tudo o que disser lhe será feito. Por isso, vos digo que tudo o que pedirdes, orando, credes que o recebereis e tê-lo-eis".
As palavras "crer e fé" na Sagrada Escritura são uma constante. Jesus em sua peregrinação teve várias oportunidades de se manifestar dizendo: "tua fé te salvou".
Portanto, para exercitarmos nossa fé, temos de nos entregar, de coração induvidoso, a Deus, em forma de pedidos (petições).
Os monges Beneditinos, Trapistas, Cartuxos (que, naturalmente, se entregam e buscam a Deus pelo voto de permanência), exercitam sua fé através da oração contínua, exercitada nos diversos Ofícios Divinos que entoam sete vezes ao dia, fora a Santa Missa. Na ordem Beneditina, são observadas essas práticas com rigor, justamente porque o lema da Regra de S. Bento é o “orat et labora”. E esse lema se traduz não somente no trabalho em si, ou seja, nos afazeres necessários à manutenção da comunidade, mas no trabalho exercitado na oração sem cessar que se traduz no “laborare per Regnum Dei”. Isto é, trabalhar para o Reino de Deus.
Entretanto, a vocação para a oração foi dada a todos. E todos nós, filhos de Deus, podemos exercitar a nossa fé através da oração. Esse é o testemunho deixado pelos Apóstolos e Discípulos de Jesus, que não somente aprenderam a trilhar o caminho da oração e da fé, mas da que fé move montanhas : POIS CRISTO VENCEU O MAL, VENCEU A MORTE.
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