Ó Adonai
guia
da casa de Israel, (1)
que
aparecestes a Moisés na chama do fogo
no
meio da sarça ardente (2) e lhe deste a lei no Sinai :
Vinde
resgatar-nos pelo poder do Vosso braço.
Referências Bíblicas :
(1)
Deus
falou a Moisés e lhe disse : ‘Eu sou o Senhor. Apareci a Abraão, a Isaac e a
Jacó como El Shaddai; (“Quando Abraão completou noventa anos,
Deus lhe apareceu e lhe disse : ‘Eu sou El Shaddai (Deus da Estepe), anda na minha presença e sê perfeito’” – Gn
17,1) mas pelo meu nome, Adonai (Senhor), não lhes fui conhecido...Eu sou o Senhor;
e vos farei sair debaixo das cargas do Egito, vos libertarei da sua
escravidão...com mão estendida e com grandes julgamentos. Tomar-vos-ei por meu
povo, e serei o vosso Deus’ (Ex 6,2-7).
(2)
O Anjo
do Senhor apareceu a Moisés numa chama de fogo, do meio de uma sarça. Moisés
olhou, e eis que a sarça ardia no fogo, e a sarça não se consumia...O Senhor
disse : ‘Não te aproximes daqui; tira as sandálias dos pés porque o lugar em
que estás é uma terra santa. Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus
de Jacó’. Então Moisés cobriu o rosto, porque temia olhar para Deus (Ex 3,2-6).
Deus
concede a Moisés, ao revelar seu nome, ‘poder’ sobre Ele - assim era percebido
pelo povo semita. A revelação do nome de ‘Adonai’ (o Senhor), como sendo guia da
casa de Israel, significará para o povo eleito o ‘memorial’ de sua libertação (da saída do Egito até a Terra prometida).
Esta
antífona evoca o ciclo pascal. Se Adonai é o Senhor, Ele também é o Cristo. A
vinda de Jesus está colocada em relação com a sua obra de salvação.
As
teofanias do Antigo Testamento, para os Santos Padres, foram consideradas como
as aparições pessoais do Verbo de Deus. Participando da liturgia do Tríduo
Pascal, podemos perceber o cumprimento desta identificação : ‘A mão direita do Senhor fez maravilhas, a
mão direita do Senhor me levantou, a mão direita do Senhor fez maravilhas (Sl
117,16)’.
O ‘vinde resgatar-nos pelo poder do Vosso braço’ é extremamente
rico. Aquele que há de vir é o rebento do qual Isaías fala (Is 11,1), é o
Messias que vai dar de novo a vida a seu povo; é também o poder, o apoio e a
ajuda.
Da tradição
oriental : ‘Virgem, no teu seio foi
concebido nosso Deus pelo Espírito Santo, permanecendo inconsumível apesar do
fogo ardente; então o Senhor foi a sarça ardente sem ser consumida que Mosiés,
o legislador, tinha visto prefigurada’.
‘A sarça ardente nos revela que Deus será
como imergido na humanidade, sem por isso a destruir. É Maria que vai cumprir
esta união no seu seio, na hora em que ela aceita o anúncio do anjo Gabriel.
Com efeito, Maria recebeu no seu seio o fogo da divindade no momento em que o
Anjo falou com ela (tal qual a madeira da sarça). Maria concebeu o Menino e
permaneceu pura. Maria é santa como a terra ao redor da sarça era santa’.
Da tradição
ocidental : ‘Na sarça que Moisés via
arder sem consumir-se, reconhecemos o sinal da vossa admirável virgindade.
Santa Mãe de Deus, rogai por nós!’.
Antifone "O" della Novena di Natale
O Adonai in canto gregoriano secondo il rito romano (non il rito domenicano)
Cantuale Antonianum
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