Por Eliana Maria
(Ir. Gabriela, Obl. OSB)
‘As quatro basílicas papais
em Roma são São Pedro, no Vaticano, São João de Latrão, Santa Maria Maior e São
Paulo Fora dos Muros. Elas são as principais igrejas, conhecidas como ‘maiores’,
e possuem as portas santas, que são abertas pelo Papa durante o ano jubilar.
A Arquibasílica do Santíssimo Salvador e dos Santos
João Batista e Evangelista, comumente conhecida como San Giovanni in Laterano,
está situada perto do monte Célio. Originalmente, antes da construção da
basílica, essa área era propriedade da antiga família Laterano, que tinha sua
residência nas proximidades. Nos Anais de Tácito, de 65,
menciona-se um confisco realizado por Nero devido ao envolvimento de alguns
membros da família em uma conspiração contra o imperador. Mais tarde, as terras
passaram a ser propriedade de Fausta, esposa de Flávio Valério Constantino, que
foi proclamado imperador em 306, após a morte de seu pai.
O imperador Constantino, com o Édito de Milão de
313, concedeu liberdade de culto aos cristãos. Com a intenção de oferecer à
nascente Igreja um local adequado para celebrações, ele entregou ao Papa
Melquíades as terras de Laterano, recebidas como dote de sua esposa, para a
construção de uma igreja.
A basílica foi consagrada em 324 pelo Papa
Silvestre I e dedicada ao Santíssimo Salvador. No século IX, o Papa Sérgio III
também a dedicou a São João Batista e, no século XII, o Papa Lúcio II
acrescentou São João Evangelista.
Do quarto ao 14º século, quando o Papa se mudou
para Avignon, Laterano foi a principal sede do papado, tornando-se o símbolo e
o coração da vida da Igreja.
Em 1378, com a eleição de Gregório XI, a sede do
pontífice voltou para Roma. No entanto, como Laterano estava em péssimas
condições, decidiu-se transferir o poder para o Vaticano.
Somente em 1650, por ordem do Papa Inocêncio X, foi
realizada a reorganização total da basílica, graças ao trabalho de Francesco
Borromini.’
Fonte : *Artigo na íntegra
Nenhum comentário:
Postar um comentário