Por Eliana Maria
(Ir. Gabriela, Obl. OSB)
‘No Cenáculo, na última ceia com seus discípulos, em seu discurso de
despedida, Jesus revela de forma profunda e surpreendente a pessoa do Espírito
Santo. O Espírito é anunciado ao longo da vida e missão de Jesus, mas foi no
Cenáculo que tal anúncio culminou na revelação mais completa da pessoa e da
missão do Espírito Santo. Eis a promessa que Jesus fez aos seus seguidores, que
chega até hoje a todo aquele que crê : ‘E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará
outro Paráclito, para que convosco permaneça para sempre, o Espírito da
Verdade, que o mundo não pode acolher, porque não o vê nem o conhece. Vós o
conheceis, porque permanece convosco. Não vos deixarei órfãos’ (Jo 14,16-18).
No fim das sete semanas pascais, chegando o dia de Pentecostes, os
Apóstolos estavam reunidos no Cenáculo à espera da realização da promessa do
derramamento do Espírito (cf. At 2). Jesus derrama em profusão o Espírito como
prometeu, a Páscoa de Cristo chega ao seu ápice na efusão do Espírito Santo,
que é plenamente ‘manifestado, dado e comunicado como Pessoa Divina’ (Catecismo
da Igreja Católica, 731).
Aqueles que recebem o dom do Espírito Santo e seus carismas são
introduzidos pessoal e comunitariamente numa contínua relação de fé e comunhão
com a Santíssima Trindade. Esta experiência pessoal com o Espírito Santo gera
um ‘mais vivo sentido de Deus’ (Gaudium et Spes, 7). Por isso,
é tão vital a necessidade do Espírito e dos seus carismas para a renovação
e a vida da Igreja em seus membros.
Que beleza a obra que o Espírito realiza na vida dos nossos santos. Este
ano, de forma particular, o Papa Francisco declarou que canonizará a Beata
Elena Guerra, a quem o Papa João XXIII chamou ‘Apóstola do Espírito Santo’.
Assim, ela escreveu ao Papa Leão XIII, no desejo de que toda a Igreja clamasse
constantemente por um novo Pentecostes : ‘O Pentecostes não terminou; de fato,
é sempre Pentecostes em todos os tempos e em todos os lugares, porque o
Espírito Santo deseja ardentemente dar-se a todos os homens e, aqueles que o
desejam, podem recebê-lo sempre; portanto, não temos nada a invejar dos
Apóstolos e dos primeiros cristãos; nós temos que nos dispor, como eles, a
recebê-lo bem e Ele virá a nós como veio a eles’ (Elena Guerra, 1985, p. 27).
A irmã Elena escreveu muitos livros estimulando as pessoas a viver uma
vida no Espírito a fim de dar um testemunho autêntico de vida cristã e para
tornar o Espírito Santo mais conhecido, amado e adorado a todos os povos.
Oremos a oração que Elena nos ensinou em sua Novena ao Espírito Santo : ‘Pai
Santo, em nome de Jesus, envia seu Espírito para renovar o mundo.’’
Fonte : *Artigo na íntegra
https://revistaavemaria.com.br/pentecostes-nao-estou-sozinho.html
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