Por Eliana Maria (Ir. Gabriela, Obl. OSB)
*Artigo do Padre Flávio José Lima da Silva
A pequena judia, a jovem
Maria, conhecida como Maria de Nazaré foi agraciada para ser a mãe de Jesus
Cristo, o Emanuel (Deus conosco). Quis Deus na plenitude do tempo enviar ao
mundo o seu Filho, nascido de uma mulher (cf. Gl, 4,4-5). Esse querer de Deus para
com a humanidade é um gesto de amor incondicional, pois Ele renova sua aliança
com a encarnação do Verbo que se faz carne e habita no meio de nós.
Maria, obediente à mensagem
de Deus, transmitida pelo anjo, assume a maternidade e aceita ser a mãe do Verbo
Divino. Esse ‘sim’ de Maria garante à humanidade a presença real do Filho de
Deus, que traz o rosto misericordioso do Pai e apresenta o itinerário que
devemos seguir para termos a certeza da salvação. Esse itinerário consiste em
amar e perdoar sem medidas, acolher sem restrições e ensinar com fidelidade o
que Jesus Cristo nos ensinou.
Maria teve um papel
fundamental no projeto de Deus para a salvação da humanidade, pois ela educou
Jesus, junto com José, pai adotivo dele, com maestria e Ele, certamente, foi
obediente aos seus pais e colocou em prática tudo o que lhe fora ensinado. Para
ilustrar, um exemplo claro de sua obediência encontra-se nas bordas de Caná
(cf. Jo 2,1-12), em que numa festa de casamento o vinho veio a faltar e Maria
falou com Jesus e orientou aos que estavam servindo para fazer tudo o que Ele
pedisse. O autor sagrado diz que esse acontecimento foi o início dos milagres
que Jesus. Daí surge uma pergunta : por que Maria falou com Jesus sobre a falta
de vinho? Ela tinha consciência da missão de seu Filho e, como mãe, Maria
estava atenta e percebeu que a falta do vinho era uma decepção para os
convidados e também para o casal que festejava seu casamento. No entanto, o
milagre aconteceu e a festa continuou, com o melhor vinho. Vale lembrar que a
mãe jamais quer o sofrimento de seus filhos e filhas, faz de tudo para que a
alegria esteja sempre presente. A mãe cuida, educa, protege, acolhe e orienta.
Maria é o grande modelo de mãe.
Maria, mãe da Igreja e
também nossa mãe, é assim que nós católicos a compreendemos e temos essa
certeza, tendo em vista o ‘sim’ que ela deu ao mensageiro de Deus. A
Constituição Dogmática Lumen Gentium dedica o capítulo oitavo
a Maria, que em sua essência confirma-a como a mãe da Igreja, sendo o modelo
que ela é para nós, a primeira cristã; foi ela que no seu ventre materno deu à
luz Cristo, santo de Deus, o pão vivo que nos garante a vida eterna. Como mãe
da Igreja e nossa, Maria é exemplo de doação e de fidelidade a Deus.
Peçamos a intercessão dela
para viver o mais plenamente possível a vida cristã. Como discípulos(as) e
missionários(as), busquemos dar sempre o nosso ‘sim’ na construção do Reino
como Maria, nossa mãe e mãe da Igreja, deu.
Fonte : *Artigo na íntegra
https://revistaavemaria.com.br/maria-mae-da-igreja-e-nossa-mae.html
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