Por Eliana Maria (Ir. Gabriela, Obl. OSB)
*Artigo
de Alienor Goudet
‘Não houve adversários mais cruéis para os cristãos do que aqueles
dos primeiros séculos. Naquela época, as terras do Império Romano eram
mais regadas com sangue do que com água. Quem se dedicava a Cristo corria
o risco de sofrer e morrer. Mas nesta escuridão, o brilho da fé de Santa
Sofia e de suas filhas (Fé, Esperança e Caridade) se destacou.
No ano de 137, quando os cristãos de Roma fugiam dos soldados do
imperador, um boato se espalhou pela cidade. Uma viúva de Milão passava
seus dias nas áreas pobres da cidade cuidando mais necessitados.
Com a ajuda de suas três filhas, a viúva chamada Sofia alimentava,
cuidava dos pobres e os confortava. Sua gentileza a tornou apreciada por
todos. O mesmo vale para suas filhas, tão generosas e prestativas quanto a
mãe.
Mas dizem que, ao cair da noite, Sofia fugia para as prisões da
cidade. Ela comprava os guardas e visitava os prisioneiros
cristãos. Ela orava com eles e os abençoava, lembrando-os da promessa do
reino vindouro.
Muitos cristãos passavam por sua provação com os corações
iluminados pelas palavras de Sofia. Tão virtuosas quanto ela, Pistis (Fé),
Elipis (Esperança) e Agape (Caridade) sempre a seguiam. Mas Sofia e suas
filhas sabiam que não poderiam ser fiéis a Cristo fugindo para sempre.
A lenda do martírio
Elas serviam incessantemente a seus irmãos. A chama da fé
cristã era reacesa a cada uma de suas orações. Roma não podia ignorar este
fogo brilhante que aquecia o coração dos cristãos. Mas Sofia e suas filhas
foram presas e levadas à justiça perante o próprio Imperador
Adriano. Entretanto diante da beleza e da simplicidade das rés, os juízes
ficaram transtornados. Elas seriam, então, soltas sem punição se
renunciassem a Cristo. Sem medo, Sofia respondeu que não iria trair o
filho de Deus.
O martírio de Fé, Esperança e Caridade
As três meninas foram questionadas separadamente, a fim de usar
sua juventude. À Fé, a mais velha, de 12 anos, ofereceram-se belos presentes.
Mas ela os rejeitou com desdém. Um carrasco a chicoteou e depois cortou
seus seios, antes de mergulhá-la em óleo fervente. Mas a pureza de sua
alma não deixou que nenhuma dor a afetasse.
Os torturadores fizeram as mesmas promessas à Esperança, de 10
anos, e a ameaçaram com o destino de sua irmã. Sem hesitar, ela escolheu
seguir a irmã mais velha. Ela também não sentiu as chamas queimando-a ou
os ganchos rasgando sua carne.
Caridade, a mais nova, de 9 anos, foi decapitada.
O coração de Sofia, que assistiu a tudo, se dividiu entre a dor de
uma mãe que perdeu suas filhas e a alegria de saber que elas estavam perto de
Cristo. Porque elas não desistiram de sua pureza. Por crueldade, ela
foi autorizada a enterrar os restos mortais de suas filhas, mas foi morta no
mesmo local do enterro.
Uma devoção tenaz ao longo dos séculos
Os nomes das quatro santas também fornecem uma boa
metáfora. A sabedoria gera e guia a fé, a esperança e a caridade, as três
virtudes teologais que todo cristão deve seguir e aplicar.’
Fonte : *Artigo na íntegra https://pt.aleteia.org/2021/05/25/fe-esperanca-e-caridade-a-bela-historia-das-3-filhas-de-santa-sofia/
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