quarta-feira, 13 de junho de 2018

Sandri : migrantes, prioridade dos Bispos católicos de rito oriental


Por Eliana Maria (Ir. Gabriela, Obl. OSB)

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‘Avaliar ‘os objetivos pastorais da missão na Europa’, entre os quais o atual o ‘dramático’ das migrações. Com estas palavras o cardeal Leonardo Sandri, prefeito da Congregação para as Igrejas Orientais, apresenta o XXI Encontro dos Bispos Católicos de Rito Oriental da Europa que se realiza de 14 a 17 de junho em Lungro, na Calábria.


Em Lungro, prelados do Oriente cristão

Dezenas de prelados de 12 Igrejas provenientes de todo o Oriente cristão irão discutir sobre o tema : ‘Ser Igreja Católica de Rito Oriental hoje’. O Encontro foi organizado pela eparquia de Lungro dos ítalo-albaneses, guiada pelo bispo eparca Donato Oliverio, e patrocinada pelo Conselho das Conferências Episcopais da Europa (CCEE), em preparação para o centenário da Igreja de Lungro em 2019. Na sessão inaugural estará presente o cardeal Sandri, o cardeal Angelo Bagnasco, presidente do Conselho das Conferências Episcopais da Europa, e o arcebispo Emil Paul Txcherrig, núncio apostólico na Itália, além de representantes das Igrejas na Calábria. Na programação dos trabalhos, consta a participação de D. Dimitrios Salachas, exarca apostólico emérito para os fiéis de rito bizantino na Grécia. Também está prevista uma visita a Rossano para o Codex Purpureus.


Atenção aos que fogem da guerra e da pobreza

Portanto, trata-se de ‘uma reflexão sobre a espiritualidade, sobre a liturgia, sobre a formação dos sacerdotes, sobre a seleção dos bispos, para poder assistir pastoralmente, no melhor modo possível, os fiéis, principalmente os que fogem de guerras, perseguições, sofrimentos’, explica o cardeal Sandri, referindo-se à Síria, ao Iraque, ao Egito, à Ucrânia e outras proveniências. A atenção é dada principalmente ‘ao drama humanitário da migração de todas as populações, mas também dos cristãos e dos católicos’. Há o risco, continua o prefeito da Congregação para as Igrejas Orientais, que estas pessoas ao chegarem aos países europeus sintam-se sós, ‘no ponto de vista espiritual, religioso, de pertença à própria Igreja’, ou seja, ‘que se integrem neste mundo ocidental com modos muito diversos de ver as coisas, mesmo com a presença da Igreja Católica latina’.


Uma identidade missionária

Portanto ‘por parte dos bispos deve haver um compromisso pastoral para dar a estes fiéis uma própria identidade’ considerando também o espírito missionário : ‘com a fé recebida e conservada, vivendo em um mundo novo e diferente, deve ser também instrumento de salvação’, especifica o cardeal. Por outro lado, Papa Francisco não deixou de colocar entre as prioridades das atividades da Igreja ‘ir ao encontro do outro’, mesmo com fé e denominações diversas. Recentemente, o Pontífice encontrou o Patriarca de Constantinopla Bartolmeu I e a delegação do Patriarcado Ortodoxo de Moscou : o momento é agora, comenta o cardeal Sandri, ‘devemos ter consciência de que nenhum cristão latino ou do Oriente existe por si mesmo, mas para realizar o Ut Unum Sint de Cristo’, para ser instrumentos ‘da unidade da Igreja’.’


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