Há algum tempo, a milícia islâmica apropriou-se da
fortaleza de ‘Kark dês Chevaliers’ (*) e passou a utilizá-la
como base de lançamento de morteiros contra o exército sírio. Obviamente, os
civis que residem na área também são vítimas da barbárie.
As poucas dezenas de povoados do célebre ‘Vale dos Cristãos’, na Síria ocidental,
são habitadas por cerca de 150 mil cristãos em estado permanente de terror.
O vale (‘Wadi al Nasara’), histórico
baluarte dos cristãos sírios, em sua maioria greco-ortodoxos, acolheu nos
últimos meses milhares de refugiados procedentes de Homs e de outras cidades
bombardeadas.
Os cristãos, através de sua fé e neutralidade,
pretendem ser agentes da concórdia e do congraçamento.
Todavia, de acordo com um sacerdote local, que
intercede constantemente aos atiradores para respeitá-los e não acertar os civis de modo
arbitrário, a comunidade cristã é pequena e frágil : ‘O vale é assediado pela violência e pela instabilidade que
desorienta e aterroriza. A violência toma conta de tudo e nós não conseguimos
ser instrumentos de diálogo e de coesão, como gostaríamos de ser’.
(*) Kark dês Chevaliers - fortaleza erigida no século
XI por um Emir muçulmano e posteriormente reedificada pelos cruzados. Agora
é patrimônio cultural da UNESCO.
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