segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

A ofensa e o perdão

 Por Eliana Maria (Ir. Gabriela, Obl. OSB)

‘Perdoai-nos as nossas dívidas,
assim como nós perdoamos aos nossos devedores’ (Mt 6,12).

  * Artigo de Dom Eugene Manning, OCSO

‘Muitos cristãos ainda sabem o Pai-Nosso de cor, porém a maioria diz o texto sem o rezar verdadeiramente, sem refletir.
No entanto, o que pedimos a Deus é perigoso. Pedimos a Ele que se nivele à nossa maneira de perdoar e não o inverso. Corremos um enorme risco : Deus coloca em nossas mãos um trunfo. Ele se compromete a nos perdoar tudo, com a condição de nos anteciparmos, dando-lhe o exemplo : perdoar aos outros tudo e sempre.
Mas, como é que nós perdoamos? Permanece algo em nosso coração após haver perdoado com palavras?
O verdadeiro perdão torna a dizer : podes recomeçar e eu também recomeçarei a apagar essa ferida de meu coração. Será que muitas vezes não nos acontece achar que fomos ofendidos por causa de uma simples injúria ao nosso amor próprio? Temos, com toda certeza, uma ideia por demais orgulhosa de nosso valor, de nossa personalidade.
Há pessoas simples que passam através de todas as humilhações da vida, sem se sentirem ofendidas. Elas nada têm a perdoar, porque simplesmente nao se consideram ‘ofensáveis’. Elas sempre creram que somente Deus é importante, não pensam em si mesmas. Que dizer da alegria de Deus quando esses pobres em espírito batem a porta do céu? Certamente lhes dirá : ‘Bem-aventurado és...’ Palavras que ressoarão aos nossos ouvidos por toda a eternidade.’  

Fonte :
*Dom Eugene Manning, OCSO (+1995), abade de Notre-Dame de Oelenberg, França – Artigo publicado em Region Alsace, agosto de 1982. Traduzido pelo Mosteiro da Santa Cruz – Juiz de Fora – MG.

Revista Beneditina nrº 21, Maio/Junho de 2007, editado pelas monjas beneditinas do Mosteiro da Santa Cruz – Juiz de Fora/Minas Gerais 

(e-mail: publicacoesmonasticas@yahoo.com.br).

Nenhum comentário:

Postar um comentário