quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Bento XVI e o Apostolado do Mar

Por Eliana Maria (Ir. Gabriela, Obl. OSB)

 
 
‘No encerramento do XXIII Congresso Mundial do Apostolado do Mar, em fins de 2012, depois de congratular o Cardeal Antonio Maria Vegliò, Presidente do Pontifício Conselho para a Pastoral dos Migrantes e Itinerantes, o Papa citou os importantes temas tratados neste evento, tais como o anúncio do Evangelho a um crescente número de marítimos pertencentes às Igrejas Orientais, a assistência aos não-cristãos ou ateus e a tentativa de empreender uma colaboração ecumênica e inter-religiosa cada vez mais sólida.
 
De acordo com Bento XVI, o Pontífice alertou que a delicada situação dos marítimos, pescadores e navegantes desperta ainda mais a atenção da Igreja : 

Situações de injustiça, agravadas pelo processo de globalização, ainda caracterizam o trabalho dos marítimos, especialmente quando tripulações sofrem restrições para desembarcar, são abandonadas nos navios em que trabalham, ameaçadas pela pirataria ou prejudicadas pela atividade da pesca ilegal’. 

Em particular, o Papa dirigiu seu pensamento aos trabalhadores do setor de pesca e suas famílias, lembrando as atuais dificuldades ligadas à incerteza do futuro, pelos efeitos negativos das transformações climáticas e pela excessiva exploração dos recursos : 

A vocês, pescadores, que precisam de condições de trabalho dignas e seguras, salvaguardando o valor da família, a tutela do meio ambiente e a defesa da dignidade de cada pessoa, asseguro a proximidade da Igreja’– acrescentou Bento XVI. 

Na sequência, recordou que o Apostolado do Mar foi instituído em 1922 pelo Papa Pio XI, que encorajou os primeiros capelães e voluntários neste campo, missão confirmada por João Paulo II 75 anos depois. 

Desde o início do Cristianismo, o mundo marítimo foi um veículo eficaz da evangelização, a começar pelos Apóstolos até aos dias de hoje – fez notar Bento XVI. 

Também hoje a Igreja singra os mares para levar o Evangelho a todas as nações; sua presença capilar nos portos, as visitas que fazem cotidianamente aos navios atracados e o acolhimento fraterno nas horas de pausa das tripulações são o sinal visível da solicitude para com quem não pode dispor de um acompanhamento pastoral ordinário’. 

Concluindo, renovou aos agentes da pastoral do mar o ‘mandato eclesial’ que, em comunhão com as Igrejas locais de pertença, os coloca na primeira linha da evangelização de tantos homens e mulheres de variadas nacionalidades que transitam pelos portos.’

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