Por Eliana Maria
(Ir. Gabriela, Obl. OSB)
*Artigo da redação da Aleteia
Segundo a
tradição, a Verdadeira Cruz foi identificada graças a um milagre de cura
‘Santa Helena nasceu no ano
de 270 na antiga Bitínia, região às margens do Mar Negro que hoje pertence à
Rússia. Muito bonita, cativou um famoso general do exército romano, Constâncio
Cloro, por quem também ela se apaixonou.
Da paixão à humilhação
O
casal teve um filho chamado Constantino, que chegou a ser nada menos que o
Imperador – mas a um custo muito alto para Helena : para ser promovido na
corte, Constâncio Cloro aceitou a condição de repudiar sua esposa e se casar
com a filha do imperador Maximiliano. Foi durante esse período de humilhação e
solidão, porém, que Helena conheceu a Deus e se tornou cristã.
Um filho imperador
Passado
o tempo, morto Constâncio, Constantino foi proclamado imperador e, na célebre
batalha da Ponte Mílvio, em Roma, teve a visão de Cristo a lhe mostrar a Cruz e
dizer : ‘Com este sinal vencerás’. No ano 313, Constantino finalmente
decretou o cristianismo como a religião oficial do Império, após três séculos
de brutais perseguições contra os cristãos.
Em busca da Cruz de Cristo
Santa
Helena dedicou boa parte da vida, a partir de então, a buscar a Santa Cruz de
Cristo em Jerusalém, para onde chegou a levar um grupo de escavadores que,
depois de muito trabalho, conseguiu achar no monte Calvário não uma, mas três
cruzes.
O
relato desse encontro e de como Santa Helena identificou a verdadeira cruz é
resgatado pelo Breviário Romano :
Após aquela insigne vitória que o imperador Constantino obteve sobre Maxêncio, quando recebeu de Deus o sinal da Cruz do Senhor (‘In hoc signo vinces’), Santa Helena, mãe de Constantino, tendo recebido uma revelação num sonho, foi a Jerusalém para procurar zelosamente a Cruz. Lá cuidou ela de destruir a imagem de Vênus, em mármore, que, para apagar a memória da paixão de Cristo Senhor, os gentios haviam colocado no lugar da Cruz e que ali permanecera durante cerca de 180 anos. O mesmo ela fez no presépio do Salvador, onde fora posto um simulacro de Adônis, e no lugar da ressurreição, onde haviam colocado um de Júpiter.
Purgado, assim, o local da Cruz, foram
encontradas depois de profundas escavações três cruzes, e, à parte delas, a
inscrição que havia sido posta sobre a Cruz do Senhor. Como não se sabia sobre
qual das três ele deveria ser afixado, um milagre sanou a dúvida. Eis que
Macário, bispo de Jerusalém, tendo elevado preces a Deus, levou cada uma das
cruzes a três mulheres que sofriam de grave enfermidade, e, enquanto as demais
de nada serviram às mulheres, a terceira Cruz, levada à terceira mulher,
curou-a imediatamente.
Santa Helena, tendo encontrado a Cruz da salvação, construiu ali uma igreja magnificentíssima, na qual depositou parte da Cruz em urnas de prata, entregando outra parte a seu filho, Constantino, que a levou a Roma, à igreja da Santa Cruz de Jerusalém, edificada no palácio Sessoriano. Ela também entregou ao filho os cravos que trespassaram o Santíssimo Corpo de Jesus Cristo. Naquele tempo, Constantino sancionou uma lei para que, desde então, ninguém fosse condenado ao suplício da cruz, e aquilo que antes era castigo e maldição para os homens passou a ser glória e objeto de veneração.’
Fonte : *Artigo na íntegra
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