Por Eliana Maria (Ir. Gabriela, Obl. OSB)
*Artigo
de Joe Kay,
ministro associado da Nexus United Church of Christ,
condado de Butler, Ohio, USA
‘É uma experiência mágica ver os vaga-lumes
levantarem-se do chão ao anoitecer e piscar alto no meio das árvores,
realizando seu show de luzes frente o céu noturno.
Quando aprendi a ciência por trás de como esses
insetos fazem a sua luz - um processo chamado bioluminescência - isso não os
tornou menos mágicos para mim. Pelo contrário, minhas novas percepções me
fizeram apreciá-los mais.
Entender a ciência por trás dos nossos milagres
diários não os torna menos miraculosos. Muito pelo contrário, faz o oposto.
Isso vale não apenas para os insetos que piscam, mas
para toda a criação, inclusive para nós mesmos. Aprender sobre como as coisas
funcionam deve ampliar nossa apreciação e inspirar mais respeito pela profunda
sacralidade de tudo.
Nosso crescente conhecimento também deve
inspirar-nos a encontrar maneiras novas e melhores de cuidar uns dos outros e
do nosso meio ambiente.
Infelizmente, muitas pessoas tentaram separar a
ciência e o sagrado ao longo dos séculos. Construíram um muro imaginário entre
crença religiosa e o método científico, quando na verdade os dois são
destinados a trabalhar juntos e nos levar adiante.
Grande parte da responsabilidade por este problema
recai sobre pessoas que se descrevem como religiosas. Ao longo dos séculos,
elas consideraram a ciência uma ameaça e não uma ajuda.
Rejeitaram a verdade de que o universo tem bilhões
de anos, a Terra é redonda e o Sol - não nosso planeta - é o centro do sistema
solar. Elas insistiam que as pessoas adoeciam não por causa de germes e
práticas insalubres, mas porque estavam sendo punidas por Deus.
As descobertas da ciência levaram essas ideias e
abriram caminhos para outras novas. A religião tentou fechar a porta e se
apegar a modos antigos e imprecisos de pensar. Ao fazê-lo, a religião perdeu o
seu caminho.
A ciência também se perdeu. Em resposta ao
antagonismo dos líderes religiosos, muitos cientistas afastaram totalmente a
fé, declarando que ela não tem nada a dizer sobre sua busca de compreensão.
Ironicamente, a ciência caiu na mesma armadilha da
religião, permitindo ser distorcida e mal utilizada pelos ricos, poderosos e
egoístas. Muitas vezes, a ciência apostou muito naqueles que buscavam maiores
lucros e dominação militar à custa de tudo.
Os cientistas assinaram com empresas de tabaco que
enterrariam quaisquer descobertas revelando o perigo de seus produtos,
impedindo que os pesquisadores falassem e salvassem vidas. As companhias de
petróleo usaram cientistas para promover seus interesses, independentemente de
como o planeta ficava afetado. Os cientistas inventaram armas que podem
infligir tais horrores ao nosso mundo.
Precisamos que a fé e a ciência sejam desimpedidas
daqueles que as pervertem e abusam delas.
A ciência vendeu sua alma para o maior lance, assim
como a religião vendeu sua alma pelo poder. Precisamos reformar as duas.
A verdadeira fé desafiará os cientistas a
trabalharem pelo bem de todas as pessoas e toda a criação. A verdadeira ciência
guiará nossa fé para uma compreensão mais profunda do Criador e das maneiras
pelas quais podemos servir uns aos outros.
Ciência e religião são complementares, duas faces da
mesma moeda. A ciência procura entender como a criação funciona. A religião
tenta fornecer uma experiência de como o Criador trabalha.
Ambas são limitadas pela compreensão humana : nunca
compreenderemos totalmente o universo ou quem o fez. Em seus caminhos inexatos,
a ciência e a religião devem liderar o caminho para nos trazer novas e úteis
percepções.
Ciência sem religião? Religião sem ciência? De
nenhuma maneira funciona. É como pensar que podemos ter criação sem um criador,
Deus sem amor ou um vagalume sem luz bioluminescente.
Eles sempre andam juntos. Nós tentamos separá-los
por nossa conta e risco.’
Fonte :
*Artigo na íntegra http://domtotal.com/noticia/1282526/2018/08/como-a-fe-e-a-ciencia-trabalham-juntas/
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