sábado, 14 de setembro de 2024

Sua cruz me deu vida (14.set)

Por Eliana Maria (Ir. Gabriela, Obl. OSB)

 
*Artigo de Lino Rampazzo


Abrindo o livro do Atos dos Apóstolos, escritos por São Lucas, podemos verificar como nasceu a Igreja. Foi pelo anúncio do Evangelho. 

‘Evangelho’ é um termo de origem grega que significa ‘bom anúncio’. Qual foi este ‘bom anúncio’? Podemos responder com a seguinte afirmação : Jesus Cristo morreu e ressuscitou para a nossa salvação. 

Simplesmente do ponto de vista histórico, a morte de Jesus foi o assassinato de um inocente, mas, à luz da fé, sua morte foi o maior ato de amor da história, que salva a humanidade. Graças a esse grande ato de amor, Deus perdoa os homens, que são irmãos de Jesus, por isso Ele se tornou homem. É o Cristo mesmo que transmite o sentido verdadeiro da sua morte, mais exatamente nas palavras da consagração da Última Ceia : ‘Isto é meu corpo, dado por vós : fazei isto em memória de mim’ (Lc 22,19); ‘Este cálice é a nova aliança em meu sangue, derramado por vós’ (Lc 22,20).

É a partir desse anúncio que Pedro, no dia de Pentecostes, pede que os ouvintes da mensagem se arrependam dos pecados, recebam o Batismo e entrem a fazer parte da Igreja. Os novos cristãos ‘perseveraram na doutrina dos apóstolos, na vida da comunidade, na fração do pão, e nas orações’ (At 2,42). 

Ressalta-se que a expressão ‘fração do pão’ indicava a celebração da santa Missa. Nessa celebração, como acima lembrado, os cristãos sentem-se estritamente ligados à cruz, graças ao corpo de Cristo, ‘dado por nós’, e ao sangue de Cristo, ‘derramado por nós’.

Voltamos ao grande mistério do sofrimento e da morte de Cristo. Isso é demonstrado pela atitude dos discípulos de Emaús, que tinham perdido a esperança em Jesus diante da sua condenação à morte. A essa altura, o mesmo Jesus explicou como devia ser interpretada sua terrível morte : ‘Não era necessário que o Cristo sofresse essas coisas para entrar na sua glória? E, começando por Moisés e percorrendo todos os profetas, explicou-lhes em todas as Escrituras o que lhe dizia respeito’ (Lc 24,26-27).

A partir dessa ‘base da nossa fé’, começamos todas as nossas orações com o sinal da cruz, vivenciamos a sexta-feira como o dia da cruz de Cristo e o domingo como o dia da ressurreição. Celebramos a Semana Santa, com destaque na quinta-feira, dia da Última Ceia, na sexta-feira, dia da morte de Cristo, e no domingo da Páscoa, dia da ressurreição.

Vamos concluir estas reflexões com o hino que o apóstolo Paulo nos apresenta na Carta aos Filipenses : ‘Cristo Jesus, apesar de sua condição divina, não reivindicou seu direito de ser tratado como igual a Deus. Ao contrário, aniquilou-se a si mesmo e assumiu a condição de servo, tornando-se semelhante aos homens. Por seu aspecto, reconhecido como homem, humilhou-se, fazendo-se obediente até a morte e morte de cruz. Por isso Deus o elevou acima de tudo e lhe deu o nome que está acima de todo nome, de modo que ao nome de Jesus todo joelho se dobre nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua proclame que Jesus Cristo é o Senhor para a glória de Deus Pai’ (Fl 2,6-11)’.

 

Fonte : *Artigo na íntegra

https://revistaavemaria.com.br/sua-cruz-me-deu-vida.html


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