Por Eliana Maria (Ir. Gabriela, Obl. OSB)
*Artigo de Philip Kosloski,
escritor e designer gráfico
Por
essa razão, as formas públicas de culto da Igreja contêm vários elementos que
são visíveis e envolvem nossos sentidos corporais. O Catecismo também nos
ensina que ‘os sinais e os símbolos
ocupam um lugar importante na vida humana. Sendo o homem um ser ao mesmo tempo
corporal e espiritual, exprime e percebe as realidades espirituais através de
sinais e símbolos materiais. Como ser social, o homem tem necessidade de sinais
e de símbolos para comunicar com o seu semelhante através da linguagem, dos
gestos e de ações. O mesmo acontece nas suas relações com Deus’ (Catecismo
1146).
Para
ajudar a envolver todos os nossos sentidos durante a celebração da Missa,
elevando nossos corpos e almas a Deus, a Igreja, durante séculos, usou o
incenso como um sinal exterior importante.
O
incenso era uma parte vital da adoração para muitas religiões antigas,
incluindo o culto judeu de Deus. No Tabernáculo, assim como no Templo, Deus
ordenou que um ‘altar de incenso’ fosse
construído. Deus mandou também que Aarão, o sumo sacerdote, queimasse ‘um
incenso perpétuo perante o Senhor ao longo de suas gerações’ (Êxodo 30: 8).
A
frase mais conhecida que menciona o incenso no Antigo Testamento também está
ligada a essa tradição : ‘Suba a minha
oração perante a tua face como incenso, e as minhas mãos levantadas sejam como
o sacrifício da tarde’ (Salmos 141:2).
Os cristãos rapidamente adotaram o uso do incenso, e isso aparece no livro do Apocalipse, onde São João descreve : ‘A fumaça dos perfumes subiu da mão do anjo com as orações dos santos, diante de Deus’ (Apocalipse 8: 4).
Os cristãos rapidamente adotaram o uso do incenso, e isso aparece no livro do Apocalipse, onde São João descreve : ‘A fumaça dos perfumes subiu da mão do anjo com as orações dos santos, diante de Deus’ (Apocalipse 8: 4).
À
luz das passagens descritas acima, o significado primário por trás do uso do
incenso é simbolizar nossas orações se elevando a Deus. Quando vemos o incenso,
lembramos que o sacerdote está lá para reunir nossos pedidos e implorar em
nosso nome diante de nosso Deus amoroso e misericordioso.
O
incenso também lembra a realidade celestial da Missa. Conecta nossa celebração
à liturgia celestial retratada no livro do Apocalipse, e lembra-nos que a Missa
é um lugar de encontro entre o céu e a terra.
Por
último, a nuvem grossa de incenso geralmente turva nossa visão do altar. Isso é
uma coisa boa e nos lembra da natureza misteriosa da Missa. Nossas mentes
mortais não podem compreender plenamente o mistério que está sendo celebrado
diante de nossos olhos; o incenso torna essa realidade ainda mais tangível.
Enfim,
embora o uso de incenso possa parecer estranho, lembre-se de que essa tradição
tem raízes espirituais profundas e tem sido parte da adoração divina há
milhares de anos.’
Fonte
:
* Artigo na íntegra https://pt.aleteia.org/2017/07/06/fumaca-sagrada-por-que-a-igreja-usa-incenso-na-missa/
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