*Artigo de Dom Antonio
Maria Vegliò,
Cardeal e presidente do Pontifício Conselho para a
Pastoral dos Migrantes e Itinerantes no Vaticano.
‘Nos
últimos dez anos, a presença de menores não acompanhados nos deslocamentos
humanos tornou-se um fator comum das migrações econômicas e forçadas a nível
mundial. Estas crianças sozinhas constituem cada vez mais membros constante dos
novos grupos de pessoas particularmente vulneráveis em mobilidade. Aumenta de
ano para ano o número de quantos atravessam as fronteiras. São crianças migrantes frágeis e
indefesas, pois ninguém se preocupa com elas. Viajam meses sozinhas por
via marítima, ou muitas vezes e com menos clamor por via terrestre,
atravessando cidades e desertos, correndo o risco de se tornarem uma presa
fácil de grupos armados que querem recrutá-las para as transformar em
crianças-soldado, ou de cair vítimas de redes criminosas que controlam o narcotráfico
e o tráfico de pessoas e de sofrer violências e abusos de todos os tipos. Estas
crianças não são acompanhadas pelos seus pais nem por adultos de referência,
porque morreram por causa da guerra ou porque, não podendo partir, mandam os
filhos para o exterior por motivos de segurança ou de pobreza extrema.
Através
das comissões específicas das Conferências episcopais locais, mas também
mediante outras organizações de carácter eclesial e social – como acontece por
exemplo nos países da América Central e na Europa – a Igreja está presente nas
fronteiras para assistir quer os migrantes e as suas famílias, quer as crianças
migrantes não acompanhadas, com uma atenção especial às vítimas do tráfico e
aos refugiados. Além disso, ela desempenha um papel cada vez mais importante
dando informações e orientações, e também denunciando as violações dos direitos
humanos. Portanto, há cada vez mais necessidade de interações entre a Igreja e
as instituições civis no campo das políticas migratórias.’
Fontes :
* Artigo na íntegra de http://www.news.va/pt/news/os-pequenos-migrantes-vitimas-de-traficantes-e-cri
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